Notícia
"Rússia precisa de entender que vai ficar isolada", diz Borrell sobre sanções
Alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros tem estado em contacto com outros países fora do bloco europeu, com o objetivo de deixar a Rússia "isolada" e intensificar o impacto das sanções aplicadas ao país por ter invadido a Ucrânia.
O Conselho Europeu aprovou esta sexta-feira um novo pacote de sanções à Rússia, devido à invasão da Ucrânia. O alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Joseph Borrell, anunciou ainda que esteve em contacto com outros países fora do bloco europeu, com o objetivo de deixar a Rússia "isolada".
"Falei com os ministros dos Negócios Estrangeiros de países, como a China e Índia, para lhes explicar que este não é apenas um problema da Ucrânia e da UE, é um problema de toda a comunidade internacional. A Rússia precisa de entender que vai ficar isolada no panorama internacional", revelou Joseph Borrell, após a reunião do Conselho Europeu.
Para Joseph Borrell, a invasão russa da Ucrânia é uma "violação ao direito internacional" e deve ser condenada por todos os países que subscrevem os princípios democráticos.
Na reunião onde foram decididas as novas sanções à Rússia, esteve presente por videoconferência o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, que deu uma "forte e emocionante imagem sobre o que se está a passar no terreno, sobre o comportamento dos russos e a heróica resistência dos ucranianos".
"Não consigo traduzir o quão dramática é a situação. Um território independente, que não fez nada por merecê-lo, foi invadido com um outro país com forte capacidade militar, bombas nucleares, e ameaça usá-las contra qualquer um que tente intervir nesta invasão", referiu o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros.
Sanções mais pesadas e estendidas a Putin
Depois das sanções impostas à Rússia em 2014, devido à anexação da Crimeia, a UE decidiu avançar com um novo conjunto de "castigos" para dissuadir o Kremlin. As novas sanções serão dirigidas a setores estratégicos, como a energia, banca, transportes e finanças, e aos países que "estejam a apoiar significativamente economicamente o regime russo".
Segundo Joseph Borrell, essas novas sanções "visam 70% dos bancos russos" e irão aumentar os custos de financiamento da Rússia nos mercados internacionais, dificultar o processo de desenvolvimento industrial da Rússia e contribuir para que o país não consiga atrair tanto investimento direto estrangeiro.
Além disso, os ministros dos Negócios Estrangeiros aprovaram o congelamento de todos os ativos financeiros do presidente russo, Vladimir Putin, e do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov.
Joseph Borrell garantiu ainda que "as sanções não têm como alvo o povo russo". "Muitos deles manifestaram-se contra esta guerra sem sentido e quero saudar a sua coragem. Putin não é o povo russo", frisou.
"Falei com os ministros dos Negócios Estrangeiros de países, como a China e Índia, para lhes explicar que este não é apenas um problema da Ucrânia e da UE, é um problema de toda a comunidade internacional. A Rússia precisa de entender que vai ficar isolada no panorama internacional", revelou Joseph Borrell, após a reunião do Conselho Europeu.
Na reunião onde foram decididas as novas sanções à Rússia, esteve presente por videoconferência o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, que deu uma "forte e emocionante imagem sobre o que se está a passar no terreno, sobre o comportamento dos russos e a heróica resistência dos ucranianos".
"Não consigo traduzir o quão dramática é a situação. Um território independente, que não fez nada por merecê-lo, foi invadido com um outro país com forte capacidade militar, bombas nucleares, e ameaça usá-las contra qualquer um que tente intervir nesta invasão", referiu o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros.
Sanções mais pesadas e estendidas a Putin
Depois das sanções impostas à Rússia em 2014, devido à anexação da Crimeia, a UE decidiu avançar com um novo conjunto de "castigos" para dissuadir o Kremlin. As novas sanções serão dirigidas a setores estratégicos, como a energia, banca, transportes e finanças, e aos países que "estejam a apoiar significativamente economicamente o regime russo".
Segundo Joseph Borrell, essas novas sanções "visam 70% dos bancos russos" e irão aumentar os custos de financiamento da Rússia nos mercados internacionais, dificultar o processo de desenvolvimento industrial da Rússia e contribuir para que o país não consiga atrair tanto investimento direto estrangeiro.
Além disso, os ministros dos Negócios Estrangeiros aprovaram o congelamento de todos os ativos financeiros do presidente russo, Vladimir Putin, e do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov.
Joseph Borrell garantiu ainda que "as sanções não têm como alvo o povo russo". "Muitos deles manifestaram-se contra esta guerra sem sentido e quero saudar a sua coragem. Putin não é o povo russo", frisou.