Notícia
Fabricante alemã de tanques Leopard atinge máximos históricos em bolsa
Após a Alemanha ter anunciado que ia enviar 14 tanques Leopard para a Ucrânia, a fabricante germânica dos veículos sobe quase 2% em bolsa, atingindo máximos de sempre. Espanha alerta para o perigo de uma escalada da guerra contra a Rússia.
Na abertura da sessão em Frankfurt, no Dax, a fabricante alemã dos tanques Leopard, a Rheinmetall valorizou 1,89%, para 232 euros por ação. Uma subida que acontece depois de ter sido noticiado que a Alemanha vai enviar 14 tanques "Leopard 2 A6" para a Ucrânia.
Esta quarta-feira, no parlamento, o chanceler alemão, Olaf Scholz, veio sublinhar que a Alemanha está a fazer o que "é necessário e possível para apoiar a Ucrânia, mas ao mesmo tempo a evitar uma escalada do conflito rumo a uma guerra entre a Rússia e a NATO".
O responsável máximo do Executivo germânico referiu aos deputados que a decisão foi tomada em conjunto com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e confirmou que a Alemanha vai enviar 14 tanques 'Leopard 2 A6' das reservas do exército federal, bem como treinar soldados ucranianos para usarem estes veículos, além de autorizar o envio de outros "Leopard 2" detidos por exércitos de países aliados.
O chanceler reconheceu que "não há certeza matemática" de que a decisão de enviar os tanques para a Ucrânia tenha o resultado desejado, mas considerou ser uma "opção adequada", sobretudo por ser um plano "em coordenação com os Estados Unidos e a França".
De acordo como o novo ministro da defesa alemão, Boris Pistorius, os veículos podem estar operacionais na Ucrânia dentro de três meses. Entretanto, o embaixador russo na Alemanha já reagiu e referiu que a decisão é "extremamente perigosa" e leva o conflito a "um novo nível".
Também os Estados Unidos parecem estar perto de iniciar um processo para o envio de vários tanques M1 Abrams para a Ucrânia. A informação está a ser avançada pelos meios de comunicação social norte-americanos.
Dias antes, a Polónia tinha exigido o aval da Alemanha para enviar os blindados "Leopard" e ameaçou mesmo agir unilateralmente se Scholz não desse essa autorização.
Reino Unido, França e Polónia saúdam envio de tanques, Espanha alerta para escalada do conflito
O Reino Unido, França e Polónia congratularam-se hoje com a decisão de Berlim, com Espanha a alertar para o perigo de uma escalada da guerra contra a Rússia.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, numa publicação na rede social Twitter, saudou a "boa decisão" da Alemanha, que vai "permitir reforçar a capacidade defensiva" da Ucrânia face à invasão russa. "É boa a decisão tomada pelos nossos aliados e amigos da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] de enviar carros de combate para a Ucrânia. Ao lado dos 'Challenger 2' [os tanques prometidos recentemente por Londres], o exército vai reforçar a capacidade defensiva da Ucrânia", sublinhou.
Em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, também realçou o "longo e amplo" apoio de França à entrega de carros de combate mais ligeiros, os 'AMX10-RC'. O governo francês, porém, ainda não decidiu enviar os seus próprios tanques 'Leclerc', possibilidade que Macron não descartou.
Em Varsóvia, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, aplaudiu a decisão alemã, medida que considera como "um grande passo para travar a Rússia". "Juntos somos mais fortes", disse Morawiecki também na rede social Twitter, numa mensagem na qual agradeceu ao chanceler alemão, Olaf Scholz.
Mais moderado, o Governo espanhol, através da ministra dos direitos sociais e para a agenda 2030, Ione Belarra, considerou que o envio dos blindados "apenas contribui para uma escalada bélica", advertindo que "poderá levar a uma resposta imprevisível e muito perigosa da Rússia".
A Alemanha e respetivos aliados deverão fornecer ao exército ucraniano um total de 88 tanques. A Ucrânia congratulou-se com a decisão e pediu aos aliados ocidentais que continuem a enviar armamento pesado para as suas tropas enfrentarem a Rússia.
"O primeiro passo foi dado. A Ucrânia precisa de muitos 'Leopard'", disse Andrej Zermak, chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.
Com Lusa
Esta quarta-feira, no parlamento, o chanceler alemão, Olaf Scholz, veio sublinhar que a Alemanha está a fazer o que "é necessário e possível para apoiar a Ucrânia, mas ao mesmo tempo a evitar uma escalada do conflito rumo a uma guerra entre a Rússia e a NATO".
O chanceler reconheceu que "não há certeza matemática" de que a decisão de enviar os tanques para a Ucrânia tenha o resultado desejado, mas considerou ser uma "opção adequada", sobretudo por ser um plano "em coordenação com os Estados Unidos e a França".
De acordo como o novo ministro da defesa alemão, Boris Pistorius, os veículos podem estar operacionais na Ucrânia dentro de três meses. Entretanto, o embaixador russo na Alemanha já reagiu e referiu que a decisão é "extremamente perigosa" e leva o conflito a "um novo nível".
Também os Estados Unidos parecem estar perto de iniciar um processo para o envio de vários tanques M1 Abrams para a Ucrânia. A informação está a ser avançada pelos meios de comunicação social norte-americanos.
Dias antes, a Polónia tinha exigido o aval da Alemanha para enviar os blindados "Leopard" e ameaçou mesmo agir unilateralmente se Scholz não desse essa autorização.
Reino Unido, França e Polónia saúdam envio de tanques, Espanha alerta para escalada do conflito
O Reino Unido, França e Polónia congratularam-se hoje com a decisão de Berlim, com Espanha a alertar para o perigo de uma escalada da guerra contra a Rússia.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, numa publicação na rede social Twitter, saudou a "boa decisão" da Alemanha, que vai "permitir reforçar a capacidade defensiva" da Ucrânia face à invasão russa. "É boa a decisão tomada pelos nossos aliados e amigos da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] de enviar carros de combate para a Ucrânia. Ao lado dos 'Challenger 2' [os tanques prometidos recentemente por Londres], o exército vai reforçar a capacidade defensiva da Ucrânia", sublinhou.
Em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, também realçou o "longo e amplo" apoio de França à entrega de carros de combate mais ligeiros, os 'AMX10-RC'. O governo francês, porém, ainda não decidiu enviar os seus próprios tanques 'Leclerc', possibilidade que Macron não descartou.
Em Varsóvia, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, aplaudiu a decisão alemã, medida que considera como "um grande passo para travar a Rússia". "Juntos somos mais fortes", disse Morawiecki também na rede social Twitter, numa mensagem na qual agradeceu ao chanceler alemão, Olaf Scholz.
Mais moderado, o Governo espanhol, através da ministra dos direitos sociais e para a agenda 2030, Ione Belarra, considerou que o envio dos blindados "apenas contribui para uma escalada bélica", advertindo que "poderá levar a uma resposta imprevisível e muito perigosa da Rússia".
A Alemanha e respetivos aliados deverão fornecer ao exército ucraniano um total de 88 tanques. A Ucrânia congratulou-se com a decisão e pediu aos aliados ocidentais que continuem a enviar armamento pesado para as suas tropas enfrentarem a Rússia.
"O primeiro passo foi dado. A Ucrânia precisa de muitos 'Leopard'", disse Andrej Zermak, chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.
Com Lusa