A chanceler alemã, e recandidata ao cargo nas eleições do mês que vem, promete - caso seja reeleita - cumprir o mandato até ao último dia.

"Se eu for eleita outra vez e tiver a confiança do povo, então - tenho-o dito muito claramente – quatro anos," afirmou este domingo em respostas a questões da audiência, transmitidas num programa da cadeia RTL em Berlim.

Bem posicionada nas sondagens para as eleições de 24 de Setembro em relação ao seu adversário mais directo, o social-democrata Martin Schulz (uma média de sete sondagens feita pelo Financial Times dá 39% à CDU/CSU e 24% ao SPD), a candidata democrata-cristã voltou a criticar a indústria automóvel.

Em resposta a um proprietário de um Volkswagen sentado na audiência que acusou o seu governo de ser brando com os fabricantes envolvidos na manipulação das emissões de gases nocivos, a chanceler disse-se "zangada" com o escândalo do diesel.

"Estou zangada. (…) Fui ministra do ambiente durante quatro anos e assisti a como a indústria automóvel gosta de explicar tudo o que não faz; e aqui fomos realmente enganados, porque eles exploraram as directrizes", afirmou.

A chanceler reconheceu ainda que os consumidores norte-americanos beneficiaram de melhores compensações do que os alemães na resolução do escândalo do diesel, mas que isso se deveu à existência de sistemas de justiça distintos nos dois países.