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Salários sobem 1,9% mas perdem poder de compra
O salário médio subiu 1,9% no último trimestre do ano, abrandando face aos anteriores, o que de acordo com o Instituto Nacional de Estatística implica perda de poder de compra.
A informação hoje publicada, que tem por base a informação administrativa de 4,3 milhões de postos de trabalho da CGA e da Segurança Social revela que o crescimento agora verificado (de 1,9%) é inferior ao que se verificava até setembro (2,2%) e insuficiente para compensar a subida da inflação.
"Em termos reais, tendo como referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, as remunerações médias total e regular por trabalhador diminuíram 0,5% e 0,1%, respetivamente, e a remuneração base manteve-se inalterada", conclui o INE.
Para chegar a esta conclusão o INE utiliza um indicador de inflação de 2,4% em dezembro.
Em termos médios, no ano passado, "a remuneração bruta total mensal por trabalhador foi 1.361 Euros, tendo aumentado 3,4% em termos nominais e 2,1% em termos reais (em 2020, ambos os aumentos haviam sido de 3,0%).
Salários congelados no Estado
No último trimestre do ano passado, os salários da Função Pública ficaram praticamente estagnados, com o privado a revelar maior dinamismo.
"No setor institucional das Administrações Públicas observou-se uma manutenção trimestral da remuneração total, que atingiu 2.143 euros em dezembro de 2021", lê-se no destaque do INE, que conclui que avariação foi de 0%.
"No setor privado, as remunerações aumentaram de forma mais expressiva: a remuneração total registou uma variação homóloga de 2,8%, passando de 1.337 euros em dezembro de 2020 para 1.375 euros um ano depois".
A avaliar por esta informação que chega ao INE através da CGA e da Segurança Social, sendo depois cruzada com a lista de empresas que pertencem ao setor público, em dezembro o crescimento do emprego também foi mais alto no setor privado (4,5% em termos homólogos) do que no público (2,8%).
Notícia atualizada com mais informação pelas 12:13