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Desemprego registado agrava-se para máximo de quatro anos

Os dados do IEFP mostram que o confinamento está a ter um impacto significativo no mercado de trabalho, sendo que desde o início do ano o número de desempregados aumentou em quase 30 mil.

No ano passado, o número de desempregados registados cresceu 30% mas o número de desempregados subsidiados subiu 49%.
22 de Março de 2021 às 10:31
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O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu em fevereiro pelo terceiro mês consecutivo, atingindo um novo máximo desde maio de 2017.

 

No fim de fevereiro de 2021, mês em que Portugal esteve em confinamento geral, estavam registados 431.843 desempregados nos centros de emprego em Portugal, o que representa um aumento de 116.281 (36,8%) face a fevereiro de 2020 e de 7.484 (1,8%) comparativamente com janeiro deste ano.

 

Estes dados revelados hoje pelo IEFP mostram que o confinamento está a ter um impacto significativo no mercado de trabalho, sendo que desde o início do ano o número de desempregados aumentou em quase 30 mil, estando já bem acima do pico registado durante o primeiro confinamento (410 mil em setembro).


O número de desempregados está agora em máximos de quase quatro anos, sendo que nessa altura a tendência era claramente decrescente face ao pico de quase 500 mil pessoas sem emprego (e inscritas no IEFP) que se verificava no início de 2017. Com o país ainda em confinamento, é expectável que os números deste ano continuem a agravar-se, ou pelo menos permaneçam nestes níveis.

No relatório publicado esta segunda-feira, o IEFP assinala que, para o aumento homólogo do desemprego, "contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário".

 

O agravamento do desemprego registou-se em todas as regiões do país, destacando-se as mais dependentes do turismo e outros setores mais penalizados pela pandemia, como é o caso do Algarve (+74,%), Lisboa e Vale do Tejo (+52,9%) e Madeira (+30,4%).

 

Apesar do agravamento global registado em fevereiro, o aumento mensal foi mais ténue do que o registado em janeiro (+22 mil desempregados inscritos).

 

No que diz respeito ao número de pessoas que se inscreveu nos centros de emprego (nem todos são desempregados) ao longo do mês, a tendência foi a mesma. Em fevereiro foram 41.580, o que traduz um aumento de 2.406 (+6,1%) face ao mesmo mês do ano passaodo, mas uma redução de 7.658 (-15,6%) contra janeiro deste ano.

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