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Greenvolt aposta em “sítios” onde tem “vantagem relativa”

Começou com as empresas de biomassa da Altri e tornou-se uma empresa global com empresas de energias renováveis e de geração descentralizada de energia, com uma estratégia de crescimento de rotação de ativos em mercados com potencial.
Filipe S. Fernandes 24 de Março de 2025 às 10:30
O CEO da Greenvolt, João Manso Neto, foi entrevistado por Mara Dhanis e Miguel Frasquilho. 


Desafiado pelos acionistas da Altri, que tinha centrais de biomassa, João Manso Neto iniciou o projeto de que resultaria a Greenvolt pela análise sobre os seus fatores diferenciadores nas renováveis, os pontos de crescimento e por que é que as renováveis não cresciam mais, explicou o CEO da empresa no programa do Negócios "Economia Sem Fronteiras", transmitido no canal Now.

A Greenvolt surgiu em 2021, num "rebranding" da Bioelétrica da Foz, subsidiária do grupo Altri, mas a mudança profunda estava relacionada com uma estratégia para a energia. A empresa passou a sua faturação de 141,5 milhões de euros em 2021 para 385,5 milhões de euros em 2023.

"A biomassa, baseada em resíduos, é uma renovável, onde pela experiência acumulada de décadas havia capacidade potencial e real, já demonstrada, mas que tem uma rentabilidade, um "cash-flow" interessante e expandindo-nos moderadamente e passamos de Portugal para o Reino Unido", com a aquisição da Tilbury Green Power, refere João Manso Neto. Mas a biomassa não é um setor de grande crescimento porque implica um grande domínio e conhecimento dos circuitos de abastecimento, os quais são muito locais.

Como o grande crescimento está nas energias renováveis de grande dimensão, decidiram apostar nesta área, que hoje, além do solar e a eólica, adicionou as baterias. "Estas decisões têm que fazer sentido, temos que ter as competências para as fazer e identificar o que queremos fazer. O primeiro diagnóstico que fiz na altura, e que mantenho, é que a grande dificuldade de crescimento das renováveis está na obtenção das autorizações de construção, ambientais, licenciamentos. Temos da cadeia de valor é fazer aquilo que é difícil, porque o que é fácil todos fazem", adiantou.

Mercados com potencial

Outra decisão foi a de não entrar em mercados saturados, como?Portugal e Espanha, sobretudo no solar, e optaram por outros mercados europeus que mostrassem potencial e onde conseguissem obter competências. Foram para o Leste da Europa, e entraram na Polónia através do aumento de capital em espécie, adquiriram a V-Ridium. "A terceira decisão foi: o que se faz com os ativos? O difícil é o licenciamento, mas não tenho o custo capital mais baixo do mundo. Mas teríamos uma estrutura sem carregar o nosso balanço com ativos, porque também os venderíamos".

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