Notícia
Zelensky diz que questão da "neutralidade" é "estudada em profundidade"
Uma das cláusulas das negociações aborda as "garantias de segurança e a neutralidade, o estatuto desnuclearizado do nosso Estado", declarou nesta entrevista em linha difundida na cadeia Telegram da administração presidencial ucraniana.
27 de Março de 2022 às 21:57
A questão da "neutralidade" da Ucrânia, um dos pontos centrais das negociações com a Rússia para terminar o conflito, é "estudada em profundidade", assegurou este domingo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa entrevista a 'media' russos.
Uma das cláusulas das negociações aborda as "garantias de segurança e a neutralidade, o estatuto desnuclearizado do nosso Estado", declarou nesta entrevista em linha difundida na cadeia Telegram da administração presidencial ucraniana.
"Estamos prontos a aceitá-la", prosseguiu. "Este ponto das negociações (...) está em discussão, é estudado em profundidade", assegurou.
"Mas não pretendo que seja um papel do estilo dos memorandos de Budapeste", acrescentou, numa alusão aos acordos assinados pela Rússia em 1994 que garantia a integridade e a segurança de três repúblicas soviéticas, incluindo a Ucrânia, em troca do abandono das armas nucleares herdadas da União Soviética.
Um dos negociadores ucranianos, David Arakhamia, indicou hoje que as duas partes voltam a encontrar-se na segunda-feira, na Turquia, para nova ronda negocial.
Citado pelas agências noticiosas do país, o chefe da equipa de negociadores russos, Vladimir Medinski, também confirmou um novo encontro, mas disse que iria decorrer entre terça-feira e quarta-feira, sem precisar o local.
Na noite de hoje, a presidência turca revelou que as negociações vão decorrer em Istambul.
Zelensky proferiu estas declarações numa entrevista por videoconferência, que se prolongou por mais de hora e meia, com jornalistas da cadeia televisiva da oposição Dojd, do 'site' independente Meduza, bloqueado na Rússia, e do diário Kommersant.
Na Rússia, o regulador russo das telecomunicações Roskomnadzor intimou em comunicado os media russos a não publicarem esta entrevista e indicou que foi aberto um inquérito contra os participantes na entrevista.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Uma das cláusulas das negociações aborda as "garantias de segurança e a neutralidade, o estatuto desnuclearizado do nosso Estado", declarou nesta entrevista em linha difundida na cadeia Telegram da administração presidencial ucraniana.
"Mas não pretendo que seja um papel do estilo dos memorandos de Budapeste", acrescentou, numa alusão aos acordos assinados pela Rússia em 1994 que garantia a integridade e a segurança de três repúblicas soviéticas, incluindo a Ucrânia, em troca do abandono das armas nucleares herdadas da União Soviética.
Um dos negociadores ucranianos, David Arakhamia, indicou hoje que as duas partes voltam a encontrar-se na segunda-feira, na Turquia, para nova ronda negocial.
Citado pelas agências noticiosas do país, o chefe da equipa de negociadores russos, Vladimir Medinski, também confirmou um novo encontro, mas disse que iria decorrer entre terça-feira e quarta-feira, sem precisar o local.
Na noite de hoje, a presidência turca revelou que as negociações vão decorrer em Istambul.
Zelensky proferiu estas declarações numa entrevista por videoconferência, que se prolongou por mais de hora e meia, com jornalistas da cadeia televisiva da oposição Dojd, do 'site' independente Meduza, bloqueado na Rússia, e do diário Kommersant.
Na Rússia, o regulador russo das telecomunicações Roskomnadzor intimou em comunicado os media russos a não publicarem esta entrevista e indicou que foi aberto um inquérito contra os participantes na entrevista.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.