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WeDo apresenta solução para combate à fraude e evasão fiscal
A WeDo Consulting está, há mais de um ano, em conversações com os Ministérios das Finanças e da Segurança Social para vender uma ferramenta informática de combate à fraude e evasão fiscal. Restrições legais têm levantado alguns obstáculos ao avanço das ne
A WeDo Consulting está, há mais de um ano, em conversações com os Ministérios das Finanças e da Segurança Social para vender uma ferramenta informática de combate à fraude e evasão fiscal. Restrições legais têm levantado alguns obstáculos ao avanço das negociações, disse João Machado, «senior manager» da participada da SonaeCom, ao Canal de Negócios, à margem do seminário «Prevenção e Combate à Evasão e Fraude na Administração Pública».
A WeDo Consulting desenvolveu uma aplicação informática que permite cruzar todos os dados, comparar o perfil dos beneficiários e contribuintes e verificar a sua consistência nos diferentes sistemas, desde a Segurança Social à Direcção Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros.
«O contribuinte deve ser agregado para se conseguir detectar a fraude», disse Nuno Periquito, Consultor Sénior da WeDo Consulting.
O objectivo da WeDo é vender a ferramenta à Administração Pública. A empresa propõe um projecto piloto que dure entre dois a três meses para que a administração tenha tempo para testar o sistema e acções de formação que permitam que sejam os trabalhadores dos impostos e da segurança social a funcionar com a ferramenta informática.
Há mais de um ano que fazem demonstrações na Segurança Social e na DGITA, para mostrar que é possível agregar tudo o que é preciso para detectar fraudes numa só ferramenta.
«Tem havido alguma abertura mas nós sabemos que estes processos na Administração Pública são sempre muito complexos e demorados», disse.
A WeDo tem enfrentado principalmente obstáculos legais, como o sigilo bancário, que têm atrasado a evolução das negociações.
Fraude aumenta 13% na União Europeia em 2003
O número de casos de fraude na utilização dos subsídios da União Europeia cresceu 13% em 2003, diz um estudo da UE citado pela empresa de informática SAS no seminário «Prevenção e Combate à Evasão e Fraude na Administração Pública».
Segundo o mesmo estudo, 36% do aumento dos casos de fraude dizem respeito à utilização dos subsídios à agricultura concedidos pela UE, o prejuízo atingiu 2 mil milhões de euros, em 2003.
A Alemanha e a França foram os países que registaram maior número de casos fraudulentos com subsídios da União Europeia.