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Viagens, hotéis e combustíveis têm maior alívio nos preços em novembro

Os dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que os transportes aéreos, hotéis e serviços de alojamento, e combustíveis para aquecimento foram os produtos do cabaz que tiveram um maior abrandamento nos preços, depois de terem estado a liderar subidas nos últimos meses. Nos alimentos, as hortaliças, carne e peixe tiveram ligeira desaceleração em novembro.

Bloomberg
14 de Dezembro de 2022 às 17:14
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A taxa de inflação abrandou ligeiramente para 9,9% em novembro, caindo de valores acima de dois dígitos. Os alimentos não transformados e a energia deram o maior contributo para essa travagem, mas foi nos transportes aéreos, hotéis e serviços de alojamento que o alívio nos preços, face ao mês anterior, foi mais expressivo.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), analisados pelo Negócios, revelam que, em comparação com outubro, o maior recuo na variação homóloga do índice de preços no consumidor deu-se nos transportes aéreos de passageiros. Após o aumento de 37,9% em outubro, a variação homóloga dos preços das viagens aéreas encolheu para 12,8% em novembro, o que significa que houve um abrandamento de 25,1 pontos percentuais (p.p.) nos preços. 

Comparando com o mês precedente, também a variação homóloga dos serviços de alojamento desacelerou, de 40,9% para 28,7%, ou seja, menos 12,2 p.p. A fechar o top 3 dos principais abrandamentos nos preços em novembro estão os combustíveis líquidos para aquecimento, que recuaram de 38,1% para 29,5% (menos 8,6 p.p.).

Esses três produtos do cabaz do INE que registaram no penúltimo mês do ano as maiores travagens na trajetória ascendentes dos preços são os mesmos que, nos primeiros sete meses após o início da guerra na Ucrânia, mais tinham encarecido. No caso dos transportes aéreos e dos serviços de alojamento, esse aumento foi mesmo superior a 50%, enquanto os combustíveis já vinham a subir antes da guerra ter início.

Com um abrandamento superior a 5 pontos percentais, destacaram-se também as férias organizadas (cuja variação homóloga passou de 23,7% para 15,6%, menos 8,1 pontos percentuais), os combustíveis e lubrificantes para equipamento para transporte pessoal (-5,4 p.p.) e os serviços de transporte (-5,1 p.p.). 

Há ainda a destacar o recuo nas subidas homólogas de preços dos transportes de passageiros por mar e vias interiores navegáveis (-2,7 pontos percentuais), jogos e brinquedos (-2,4 p.p.), bicicletas (-1,74 p.p.), gás (-1,62 p.p.), combustíveis sólidos (-1,55 p.p.) e grandes aparelhos domésticos (-1,37 p.p.).

Hortaliças, carne e peixe com ligeiro recuo
No que toca aos alimentos, houve uma ligeira travagem nas subidas homólogas dos preços face ao mês anterior, com destaque para os produtos hortícolas (-1,29 p.p.), a carne (-0,89 p.p.), peixe, crustáceos e moluscos (-0,55 p.p.), açúcar (-0,43 p.p.) e café, chá e cacau (-0,38 p.p.).

Os dados do INE revelam que o índice referente aos produtos alimentares não transformados abrandou para 18,4% (valor inferior em 0,5 pontos percentuais ao registado no mês anterior), "contrastando com a aceleração registada nos produtos alimentares transformados, com uma variação de 16,8%", mais 2,7 pontos percentuais do que em outubro.
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