Notícia
Ucrânia: Marcelo defende que Portugal está a fazer "tudo o que é possível" para ajudar
O Presidente da República diz perceber que Volodymyr Zelensky queira mais, mas frisou que há países muito mais ricos e próximos do que Portugal que o podem fazer. "Nós temos estado a dar tudo o que podemos e até, em muitos casos, coisas que não esperávamos poder dar", disse.
26 de Março de 2022 às 18:15
O Presidente da República reiterou este sábado que o país está a fazer tudo para ajudar a Ucrânia, depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter sinalizado Portugal como um dos países que podia fazer mais.
"Percebo que quem, como o presidente Zelensky, está a viver uma guerra queira sempre mais: mais armamento, mais meios militares e mais apoios. Nesse quadro, há países muito mais ricos e próximos do que Portugal que podem dar mais do que nós temos dado, sendo que nós temos estado a dar tudo o que podemos e até, em muitos casos, coisas que não esperávamos poder dar", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado falou aos jornalistas à margem do 12.º congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), em Vilamoura, para reforçar a disponibilidade limitada de meios militares que possam fazer a diferença na guerra com a Rússia.
"Entendemos que estamos a fazer todos aquilo que é possível fazer nas circunstâncias, isto é, no plano político e diplomático, tudo o que está ao nosso alcance; no plano militar: dentro das nossas disponibilidades. Quem tem disponibilidades e capacidades que nós não temos pode fornecer essas capacidades, nós podemos dentro do nosso limite. Em termos de acolhimento, a nossa posição é muito simples: quem quiser vir é bem-vindo", observou.
Agradecendo aos portugueses a recetividade ao acolhimento de refugiados ucranianos, Marcelo Rebelo de Sousa recusou ainda comentar as palavras do seu homólogo norte-americano, Joe Biden, que qualificou o presidente russo, Vladimir Putin, como "um carniceiro".
"Não vou comentar as declarações do presidente aliado sobre o presidente do país agressor. Não é a minha função, mas considero positivo que o presidente Biden se esteja a empenhar da forma como se está a empenhar, vindo à cimeira da NATO, estando com os líderes europeus, visitando a Polónia e estando ali junto da fronteira da NATO. Não há nada como ver o fenómeno humanitário dos refugiados para se ter a noção da gravidade da situação", concluiu.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
"Percebo que quem, como o presidente Zelensky, está a viver uma guerra queira sempre mais: mais armamento, mais meios militares e mais apoios. Nesse quadro, há países muito mais ricos e próximos do que Portugal que podem dar mais do que nós temos dado, sendo que nós temos estado a dar tudo o que podemos e até, em muitos casos, coisas que não esperávamos poder dar", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
"Entendemos que estamos a fazer todos aquilo que é possível fazer nas circunstâncias, isto é, no plano político e diplomático, tudo o que está ao nosso alcance; no plano militar: dentro das nossas disponibilidades. Quem tem disponibilidades e capacidades que nós não temos pode fornecer essas capacidades, nós podemos dentro do nosso limite. Em termos de acolhimento, a nossa posição é muito simples: quem quiser vir é bem-vindo", observou.
Agradecendo aos portugueses a recetividade ao acolhimento de refugiados ucranianos, Marcelo Rebelo de Sousa recusou ainda comentar as palavras do seu homólogo norte-americano, Joe Biden, que qualificou o presidente russo, Vladimir Putin, como "um carniceiro".
"Não vou comentar as declarações do presidente aliado sobre o presidente do país agressor. Não é a minha função, mas considero positivo que o presidente Biden se esteja a empenhar da forma como se está a empenhar, vindo à cimeira da NATO, estando com os líderes europeus, visitando a Polónia e estando ali junto da fronteira da NATO. Não há nada como ver o fenómeno humanitário dos refugiados para se ter a noção da gravidade da situação", concluiu.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.