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Trabalhadores fazem greve contra eventual deslocalização da Visteon

Trabalhadores da Visteon realizaram hoje uma greve preventiva contra a eventual deslocalização da fábrica de Palmela para os países do Leste europeu, mas a administração da empresa já garantiu que não está nada previsto nesse sentido.

05 de Maio de 2006 às 17:15
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Trabalhadores da Visteon realizaram hoje uma greve preventiva contra a eventual deslocalização da fábrica de Palmela para os países do Leste europeu, mas a administração da empresa já garantiu que não está nada previsto nesse sentido.

Os trabalhadores da Visteon, uma fábrica de autorádios, compressores e outros componentes para automóveis, cumpriram hoje paralisações parciais de duas horas por turno, para manifestarem preocupação com a eventual deslocalização da fábrica, uma vez que a unidade foi recentemente visitada por elementos de uma empresa concorrente (JABIL) na Hungria.

«Há uma grande instabilidade na empresa, a direcção não nos dá garantias de nada e temos medo que a empresa seja deslocalizada, apesar de se tratar da unidade que dá mais lucro ao grupo Visteon», disse à Lusa Paula Sobral, funcionária da fábrica de Palmela.

«Se calhar no Leste a mão-de-obra é mais barata e lá ainda conseguem maiores lucros», acrescentou Paula Sobral, enquanto outras trabalhadoras da empresa exibiam cartazes onde evidenciavam os 48 milhões de lucros registados pela empresa no ano passado.

Durante a paralisação do turno da tarde, entre as 14:30 e as 16:30, a administração da empresa convocou os representantes dos trabalhadores para uma reunião, na qual informou que o processo de reestruturação que está em curso das fábricas da Visteon na Europa não iria afectar a fábrica de Palmela.

No entanto, segundo Rogério Silva, do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul (SIESI), os trabalhadores continuam apreensivos porque no passado mês de Março a empresa pressionou uma centena de trabalhadores para rescindirem o contrato de trabalho por mútuo acordo.

«Sabemos que 67 desses trabalhadores aceitaram a proposta de rescisão do contrato e que os outros 33 estão a ser alvo de um processo de despedimento colectivo», disse Rogério Silva, adiantando que o sindicato vai pedir a impugnação do mesmo em tribunal.

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