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Testes de stress na Europa foram uma perda de tempo

Os testes de stress aos bancos europeus foram um mero exercício de relações públicas, uma perda de tempo e um desperdício de tinta jornalística. Quem o diz é o investidor Jim Rogers.

26 de Julho de 2010 às 13:49
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Em declarações por email à CNBC, o investidor, que é também presidente da Rogers Holdings, sedeada em Singapura, afirmou que os testes de stress ao sector bancário na Europa foram um “mero exercício de relações públicas, tal como aconteceu nos Estados Unidos” [alusão aos testes de solidez financeira realizados no ano passado a 19 bancos norte-americanos].

“Há mais problemas a surgirem nos mercados cambiais, nos fundos de pensões, em alguns Estados norte-americanos (...) E nada disto foi tido em conta”, comentou Rogers, que co-fundou o famoso Fundo Quantum com George Soros.

Nos 10 anos em que esteve neste fundo, a sua carteira obteve um retorno de mais de 4.000%, ao passo que o S&P500 valorizou menos de 50%.

Recorde-se que os reguladores europeus escrutinaram 91 bancos da União Europeia para avaliar se tinham capital suficiente para aguentarem uma recessão e uma crise de dívida soberana. Na sexta-feira foram divulgados os resultados, que deram conta que chumbaram apenas sete entidades financeiras – cinco espanholas, uma alemã e uma grega.

Têm sido vários os analistas e investidores que têm criticado estes testes, acusando-os de não terem sido suficientemente rígidos. E Jim Rogers - que em Abril de 2006 previu, acertadamente, que o preço do ouro ascenderia aos mil dólares por onça – não é excepção.

Rogers disse que não está interessado em investir em títulos financeiros nem em adquirir posições longas em quaisquer acções. Segundo o investidor, os mercados irão deparar-se com mais dificuldades.

“Estou atento ao mercado obrigacionista, mas não tenho posições longas nem curtas. Trata-se de uma bolha que está a crescer; é uma das poucas bolhas no mundo que está a desenvolver-se”, comentou no início deste mês também à CNBC.

“As minhas perspectivas de investimento são estar longo nas matérias-primas e curto nas acções”, acrescentou Rogers, que prevê que haja uma nova recessão em breve, talvez em 2012.

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