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Schäuble: Lagarde lamenta perda de "um dos líderes europeus mais influentes"

A presidente do BCE enalteceu que testemunhou "pessoalmente o seu compromisso para com a Europa, o seu rigor intelectual e o seu sentido de Estado".

Christine Lagarde admitiu que não é ainda possível dizer se já foi atingido o pico, ou seja, que as taxas de referencia não voltarão a ter de subir.
Ronald Wittek/EPA
27 de Dezembro de 2023 às 14:50
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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, lamentou esta quarta-feira a morte do antigo ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble, dizendo que era "um dos líderes europeus mais influentes da sua geração".

"Estou profundamente triste por saber da morte de Wolfgang Schäuble. Foi um dos mais influentes líderes europeus da sua geração", escreveu Lagarde numa publicação na plataforma social X (antigo Twitter).

Endereçando os seus sentimentos à família do antigo governante germânico, a presidente do BCE enalteceu que testemunhou "pessoalmente o seu compromisso para com a Europa, o seu rigor intelectual e o seu sentido de Estado".

O antigo ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble morreu aos 81 anos, informou a sua família à agência noticiosa alemã Dpa.

Wolfgang Schäuble, que ajudou a negociar a reunificação alemã em 1990, foi uma figura central no esforço pesado de austeridade para tirar a Europa da sua crise da dívida mais de duas décadas depois.

Schäuble morreu em casa na noite de terça-feira, disse a família à Dpa.

Wolfgang Schäuble tornou-se ministro das Finanças da chanceler Angela Merkel em outubro de 2009, pouco antes das revelações sobre o crescente défice orçamental da Grécia desencadearem a crise que envolveu o continente europeu e ameaçou desestabilizar a ordem financeira mundial.

Apoiante de longa data de uma maior unidade europeia, ajudou a liderar um esforço de anos que visava uma integração mais profunda e um conjunto de regras mais rigoroso. Contudo, a Alemanha foi alvo de críticas pela sua ênfase na austeridade e pela aparente falta de generosidade.

Depois de oito anos como ministro das Finanças, Schäuble consolidou o seu estatuto de estadista mais velho ao tornar-se presidente do parlamento alemão -- o último passo numa longa carreira política na linha da frente.
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