Segundo um estudo divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) o ritmo de crescimento económico em Portugal melhorou até ao final de Novembro, beneficiando da recuperação do investimento em construção e de uma contribuição líquida da procura externa menos negativa do que a verificada durante o primeiro semestre deste ano, permitindo à CE prever um crescimento do PIB de cerca de 3,1% durante o ano de 1999.

A produção industrial e a construção são os sectores onde a recuperação da actividade é mais notória, continuando a verificar-se um forte crescimento da actividade no comércio e um nível bastante elevado da actividade hoteleira. A produção agrícola registou uma significativa subida em 1999, contrastando com uma forte quebra verificada no ano transacto.

A confiança dos consumidores manteve um nível estável e favorável, o mesmo sucedendo com a situação financeira. «O abrandamento do investimento das famílias em habitação e da sua despesa na aquisição de bens duradouros deverá estar a traduzir-se em idêntica tendência ao crédito», refere o estudo do INE.

As ofertas de emprego cresceram e o desemprego desceu até ao final de Novembro. Por sua vez, os salários contratados registaram uma evolução anualizada de 3,5% durante o trimestre terminado no mês de Novembro. Como a inflação foi mais baixa, o poder de compra salarial continuou a recuperar. De facto, a percentagem de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) estabilizou em 2% durante o referido período, refere ainda o mesmo estudo. Contudo, verificou-se uma aceleração da inflação subjacente entre Setembro e Novembro.