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Ritmo de endividamento de famílias e empresas mantém queda em março
Volume da dívida dos particulares manteve-se praticamente inalterado. Dívida das empresas subiu em 400 milhões. Sector público reduziu 300 milhões.
O ritmo de endividamento de empresas e famílias manteve em março a tendência de desaceleração que se verifica desde a segunda metade do ano passado, mostram dados publicados nesta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
Em março, a taxa de variação anual do endividamento das empresas recuou de 1,24% para 0,71%, no quinto mês sucessivo de abrandamento na subida dos volumes de dívida face a um ano antes.
Neste mês, segundo os dados do Banco de Portugal o stock de dívida das empresas aumentou em cerca de 422 milhões de euros, superando os 289 mil milhões de euros.
Já o endividamento das famílias aumentava em março 2,29% face a um ano antes, numa desaceleração dos 2,95% de crescimento registados em fevereiro. Os valores abrandam há seis meses consecutivos.
O stock de dívida das famílias manteve-se praticamente inalterado em março - ainda assim com uma ligeiríssima subida em 11 milhões de euros, que interrompeu a tendência de descida de quatro meses anteriores. O endividamento das famílias atinge cerca de 151,9 mil milhões de euros.
Em março, também o sector público regista uma redução pequena no endividamento – menos 334 milhões de euros – após um aumento de cerca de nove mil milhões de euros em fevereiro.
O Banco de Portugal dá destaque, neste movimento, a uma diminuição do endividamento junto do exterior – menos dis mil milhões de euros - e perante as administrações públicas e o setor financeiro (0,7 mil milhões de euros, em ambos os casos).
Em contrapartida, a dívida contraída junto das famílias aumentou com os investimentos em certificados de aforro (mais 2,9 mil milhões de euros).
O nível de endividamento publico ficou em março em 361 mil milhões de euros.