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"O país precisa de um governo", alerta o presidente da Grécia

A Coligação de Esquerda Radical já recebeu o mandato presidencial para formar um governo. "Este é um momento histórico para a Esquerda", disse o líder Alexis Tsipras. Já há encontros marcados com partidos, mas a concretização não parece fácil.

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“O país precisa de um governo”. O aviso foi deixado por Karolos Papoulias, presidente da Grécia, quando atribuiu ao líder da Coligação de Esquerda Radical o mandato para formar um governo.

“Este é um momento histórico para a Esquerda”, disse o líder do Syriza, Alexis Tsipras (na foto, ao centro, à entrada para o palácio presidencial), mostrando a satisfação quando recebia, precisamente, esse mandato, cita o jornal grego em inglês “Athens News”, salientando que um partido de esquerda não tinha este poder desde 1989.

“Teria mais hipóteses de formar um governo se tivéssemos um sistema eleitoral diferente e se tivesse obtido mais votos. A população decidiu e temos de respeitar o seu veredicto”, avançou Tsipras, no momento da entrega do mandato, citado pela agência grega Ana. Tsipras tem o poder para formar o governo porque o partido mais votado nas eleições de domingo, a Nova Democracia, não conseguiu conquistar uma maioria absoluta no parlamento.

O líder do Syriza, a Coligação de Esquerda Radical, vai encontrar-se mais tarde com o líder da Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, de acordo com o site “Athens News”, para conseguir formar essa maioria. Este é um dos partidos com quem pretende construir uma formação política. Hoje, Tsipras, também irá encontrar-se com duas forças que não alcançaram a “barreira” de 3%, essencial para serem representados no parlamento.

Com o Partido Comunista, com quem se quer juntar numa mais ampla coligação, Alexis Tsipras vai reunir-se amanhã, no mesmo dia em que se volta a encontrar com Antonis Samaras, da Nova Democracia, e com Evangelos Venizelos, do socialista Pasok.

Nos três dias que tem para formar um governo, o grego de 37 anos pretende juntar-se a partidos da esquerda do espectro político, como salienta o “Kathimerini”.

O jornal helénico adianta que a sua meta seria uma força em que o Syriza se juntasse ao Partido Comunista e ainda à Esquerda Democrática. Contudo, os comunistas já disseram que não estarão disponíveis para qualquer junção àquela força.

“Queremos criar um governo de forças de esquerda, de forma a escapar ao resgate que nos está a conduzir à bancarrota”, afirmou Tsipras, depois de ter rejeitado a formação de uma coligação com a Nova Democracia, ontem.

A tarefa não parece fácil, já que tem já recusas. A realização de novas eleições tem sido um cenário apontado por vários especialistas e jornais.

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