Notícia
Quer cortar o "rating" da Moody´s?
São milhares de fãs os que encontramos repartidos pelas dezenas de páginas criadas no Facebook contra as agências de notação financeira. A Moody’s, por ter descido ontem a classificação de Portugal, é a mais visada. Um grupo com 115 membros quer cortar-lhe o "rating" hoje às 21h30.
Há páginas portuguesas e estrangeiras, de todo o mundo. Têm como fãs e membros todos aqueles que estão "fartinhos" das agências de "rating".
O facto de a Moody’s ter voltado ontem "à carga", numa altura em que há consenso político em Portugal e em que não há – pelo menos, ainda – desvios face ao memorando de entendimento assinado com a troika, inflamou os ânimos.
"Vamos sair à rua contra a velha Moody’s" é uma das páginas criada assim que a agência cortou a classificação da dívida soberana portuguesa para "lixo". Nesta página, sugere-se que todos enviem um email à Moody’s (e o endereço está lá, para quem queira seguir a sugestão), hoje, com uma só palavra "bastards".
"Bastards" (sacanas) é a expressão escolhida pelo director do Negócios, Pedro Santos Guerreiro, no seu editorial de hoje, para melhor designar o corte de que Portugal foi alvo. E a expressão pegou. Há até já uma t-shirt onde se pode ler "I’m a bastard", com o símbolo da Moody’s por baixo.
"I wish I was special"
Mas as ideias não se ficam por aqui. Ainda na mesma página, há já quem sugira uma canção como candidata a hino da Moody’s. Chama-se "Creep", é dos Radiohead e "reza" assim: "I wish I was special / But I'm a creep / I'm a weirdo / I wish I belonged here / But I don't belong here".
[“Gostava de ser especial / Mas sou detestável / Sou esquisito / Gostava de pertencer aqui / Mas não pertenço aqui”].
Numa outra página, intitulada "Fuck You Fitch. Fuck You Moody’s. Fuck You Standard & Poor’s", exortam-se os membros a aderirem em massa a um evento marcado para mais logo à noite. O local do evento é o "website" da Moodys e a proposta é que, às 21h30, os mais indignados "cortem na cotação da Moodys". "Paralelamente a este evento, avaliem o site da moody's como LIXO!! São 3 clicks!" – atira um dos membros.
Muitas outras páginas se seguem na rede social criada por Mark Zuckerberg. "Lixo? São as agências de rating”, “Contra as agências de rating”, “Abaixo as agências de rating!!!" ou "Vamos cortar o rating às agências de rating!" são alguns dos exemplos.
Protestos em todas as línguas
Mas há mais. E na língua que quiser. "Let’s downgrade Moody’s and all the other rating agencies to junk", "Españoles contra las agencias que especulam con las finanzas del Estado", "Rating agencies like S&P or Moody’s or Fitch have not credibility" ou ainda "Je ne veux pas voir ma vie dictée par une agence de notation” são mais algumas das páginas onde a veemência dos protestos é generalizadamente marcada pelos pontos de exclamação ou por palavras mais inflamadas...
Na página "Eu não gramo agências de rating", criada há mais tempo, surgem opiniões de blogs, da imprensa nacional e estrangeira e muitas piadas por entre conversa também muito a sério. Destaque, por exemplo, para um "cartaz", onde se vê o mapa de Portugal junto a um torno e onde se lê "You Standards are Poor".
Mas continua a haver mais. Temos o "Grupo para pessoas que estão fartas das agências de rating", "Agências de rating: e não se pode exterminá-las?", "Pelo fim do terrorismo económico de algumas agências de rating" ou ainda "I believe in Portugal. I don’t believe in rating agencies". E as coisas não se ficam por aqui. Nem os cortes, nem as agências, nem as páginas de protesto no Facebook.
O facto de a Moody’s ter voltado ontem "à carga", numa altura em que há consenso político em Portugal e em que não há – pelo menos, ainda – desvios face ao memorando de entendimento assinado com a troika, inflamou os ânimos.
"Bastards" (sacanas) é a expressão escolhida pelo director do Negócios, Pedro Santos Guerreiro, no seu editorial de hoje, para melhor designar o corte de que Portugal foi alvo. E a expressão pegou. Há até já uma t-shirt onde se pode ler "I’m a bastard", com o símbolo da Moody’s por baixo.
"I wish I was special"
Mas as ideias não se ficam por aqui. Ainda na mesma página, há já quem sugira uma canção como candidata a hino da Moody’s. Chama-se "Creep", é dos Radiohead e "reza" assim: "I wish I was special / But I'm a creep / I'm a weirdo / I wish I belonged here / But I don't belong here".
[“Gostava de ser especial / Mas sou detestável / Sou esquisito / Gostava de pertencer aqui / Mas não pertenço aqui”].
Numa outra página, intitulada "Fuck You Fitch. Fuck You Moody’s. Fuck You Standard & Poor’s", exortam-se os membros a aderirem em massa a um evento marcado para mais logo à noite. O local do evento é o "website" da Moodys e a proposta é que, às 21h30, os mais indignados "cortem na cotação da Moodys". "Paralelamente a este evento, avaliem o site da moody's como LIXO!! São 3 clicks!" – atira um dos membros.
Muitas outras páginas se seguem na rede social criada por Mark Zuckerberg. "Lixo? São as agências de rating”, “Contra as agências de rating”, “Abaixo as agências de rating!!!" ou "Vamos cortar o rating às agências de rating!" são alguns dos exemplos.
Protestos em todas as línguas
Mas há mais. E na língua que quiser. "Let’s downgrade Moody’s and all the other rating agencies to junk", "Españoles contra las agencias que especulam con las finanzas del Estado", "Rating agencies like S&P or Moody’s or Fitch have not credibility" ou ainda "Je ne veux pas voir ma vie dictée par une agence de notation” são mais algumas das páginas onde a veemência dos protestos é generalizadamente marcada pelos pontos de exclamação ou por palavras mais inflamadas...
Na página "Eu não gramo agências de rating", criada há mais tempo, surgem opiniões de blogs, da imprensa nacional e estrangeira e muitas piadas por entre conversa também muito a sério. Destaque, por exemplo, para um "cartaz", onde se vê o mapa de Portugal junto a um torno e onde se lê "You Standards are Poor".
Mas continua a haver mais. Temos o "Grupo para pessoas que estão fartas das agências de rating", "Agências de rating: e não se pode exterminá-las?", "Pelo fim do terrorismo económico de algumas agências de rating" ou ainda "I believe in Portugal. I don’t believe in rating agencies". E as coisas não se ficam por aqui. Nem os cortes, nem as agências, nem as páginas de protesto no Facebook.