Notícia
Protestos em Itália contra "Governo de banqueiros"
Um dia depois de subir ao cargo, o primeiro-ministro, Mario Monti, já é alvo de protestos. Os mercados aplaudiram a formação de um Executivo de tecnocratas, mas vários estudantes italianos manifestaram-se hoje em várias cidades. Deputado critica a opção por considerar que estão a transformar os "pirómanos" em "bombeiros".
Ao mesmo tempo que Mario Monti anunciava ao Senado italiano que poderia ter de implementar mais austeridade, estudantes de várias cidades italianas protestavam contra o “Governo de banqueiros” liderado por Monti.
A acusação deve-se ao facto de o antigo comissário europeu ter formado um Governo à sua imagem, ou seja, constituído por “tecnocratas”. A acusação relativa aos banqueiros deve-se, por exemplo, ao facto de o administrador executivo do banco Intesa Sanpaolo, Corrado Passera, ser ministro do Desenvolvimento Económico.
O próprio Monti disse ontem, na cerimónia de posse como primeiro-ministro, que a ausência de políticos do Executivo, era uma forma de facilitar o trabalho governamental.
Protestos de Milão à porta de universidade de Monti
Mas se os mercados viram com bons olhos o novo Governo – ainda hoje a Fitch mostrou confiança nas reformas a implementar por Monti e salientou a “janela de oportunidade” para a reconquista da confiança dos investidores –, o mesmo não aconteceu com os jovens por todo o país, que já tinham marcado estes protestos antes mesmo da nomeação de Monti.
Um dos centros de destaque dos protestos de hoje foi a universidade Luigi Bocconi, em Milão. De acordo com a Reuters, a instituição é presidida por Monti, tendo acabado por se tornar no símbolo do Executivo de tecnocratas escolhido pelo antigo comissário europeu. Razão para que os estudantes a tentassem alcançar durante os protestos.
A AGI (Agência Jornalística Italiana) noticia, segundo a Reuters, que falsas notas de dólares foram atiradas contra o prédio da associação da banca de Itália.
Em Palermo, na Sicília, foram atirados ovos contra um banco, de acordo com a “BBC News”. Roma, Florença e Turim foram outras cidades em que os protestos se desenvolveram, criticando o novo Governo e as medidas de austeridade aprovadas pelo Executivo de Berlusconi.
Pirómanos são agora os bombeiros
Além das manifestações, também hoje um dos aliados parlamentares do antigo primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, que se demitiu esta semana, se mostrou contra a constituição do novo Executivo. “Estamos preocupados. A nossa Itália está a ser liderada por banqueiros”, assinalou o deputado Domenico Scilipoti.
“É caso para dizer que os pirómanos se tornaram bombeiros”, acusou o deputado.
A acusação deve-se ao facto de o antigo comissário europeu ter formado um Governo à sua imagem, ou seja, constituído por “tecnocratas”. A acusação relativa aos banqueiros deve-se, por exemplo, ao facto de o administrador executivo do banco Intesa Sanpaolo, Corrado Passera, ser ministro do Desenvolvimento Económico.
Protestos de Milão à porta de universidade de Monti
Mas se os mercados viram com bons olhos o novo Governo – ainda hoje a Fitch mostrou confiança nas reformas a implementar por Monti e salientou a “janela de oportunidade” para a reconquista da confiança dos investidores –, o mesmo não aconteceu com os jovens por todo o país, que já tinham marcado estes protestos antes mesmo da nomeação de Monti.
Um dos centros de destaque dos protestos de hoje foi a universidade Luigi Bocconi, em Milão. De acordo com a Reuters, a instituição é presidida por Monti, tendo acabado por se tornar no símbolo do Executivo de tecnocratas escolhido pelo antigo comissário europeu. Razão para que os estudantes a tentassem alcançar durante os protestos.
A AGI (Agência Jornalística Italiana) noticia, segundo a Reuters, que falsas notas de dólares foram atiradas contra o prédio da associação da banca de Itália.
Em Palermo, na Sicília, foram atirados ovos contra um banco, de acordo com a “BBC News”. Roma, Florença e Turim foram outras cidades em que os protestos se desenvolveram, criticando o novo Governo e as medidas de austeridade aprovadas pelo Executivo de Berlusconi.
Pirómanos são agora os bombeiros
Além das manifestações, também hoje um dos aliados parlamentares do antigo primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, que se demitiu esta semana, se mostrou contra a constituição do novo Executivo. “Estamos preocupados. A nossa Itália está a ser liderada por banqueiros”, assinalou o deputado Domenico Scilipoti.
“É caso para dizer que os pirómanos se tornaram bombeiros”, acusou o deputado.