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Porto Santo renegoceia dívida e investe 40 milhões
A Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo (SDPS), empresa criada para a execução de vários projectos estruturantes naquela ilha, renegociou a dívida contraída para fazer face ao volume de...
Face a financiamento anteriormente acordado com as entidades bancárias BCP e Banif, a uma taxa de juro de 1,5%, a empresa firmou um novo acordo, para um empréstimo de 40 milhões de euros, a 0,3% de juros com um período de carência de oito anos.
De acordo com Francisco Tabuada, presidente da SDPS, a nova solução permite que 500 mil euros «sejam poupados anualmente». O contrato de empréstimo a 20 anos com o consórcio bancário liderado pelo banco Efisa, avalizado pelo Governo Regional, foi aliás assinado na passada semana na Madeira.
Esta renegociação decorre, sublinha, de «uma operação obrigacionista a nível mundial» que implicou as três sociedades de desenvolvimento existentes na Região Autónoma da Madeira - Ponta Oeste, Norte e Metropolitana -, assim como a Madeira Parques Empresariais.
As cinco empresas criaram uma outra sociedade, com sede na Holanda, para a obtenção de financiamento no valor de 190 milhões de euros. Como a cada empresa cabe uma participação equivalente, em percentagem, ao peso correspondente do financiamento necessário individualmente, a fatia que cabe à SDSP é de 21,05% da Zarco Finance BV, empresa que tem como única finalidade a operação financeira, finda a qual cessará a sua actividade. A primeira tranche do bolo total, de cerca de 35,6 milhões de euros, será entregue ainda este ano.
Investimentos de 40 milhõesA necessidade de obter um financiamento de 40 milhões de euros (a que acresce nove milhões de euros de capitais próprios da SDSP e quatro milhões de euros de fundo comunitários) por uma empresa detida em 96% pelo Governo Regional e em 3% pela Câmara de Vila Baleeira, serve essencialmente para a compra de terrenos (em que foram aplicados já 12,5 milhões de euros) e para a construção de obras a realizar no Porto Santo no âmbito do plano de investimento a realizar até 2006.
Até 2004, a SDSP pretende ter já um campo de golfe de 18 buracos; um complexo de oito campos de ténis; a recuperação do centro hípico; um centro de congressos com capacidade para 300 pessoas; um edifício de serviços públicos; a recuperação turística de 20 casas no Ilhéu da Cal, um passeio pedonal; um centro de artesanato; uma nova área de bares; uma zona de mergulho com duas piscinas, e um estádio de futebol de praia. Um casino será igualmente construído, mas este por privados, assim que o Governo Regional abra concurso para a concessão de exploração.
O Porto Santo tem hoje uma capacidade hoteleira de 1.500 camas, sendo o tecto limite imposto de 4.000 camas até 2006.