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"Pode não haver condições, como pode haver", para aumentar salários da Função Pública

O primeiro-ministro não se compromete com aumentos salariais da Função Pública em 2021, mas diz que a imposição de austeridade seria "uma estratégia profundamente errada".

António Cotrim/Lusa
14 de Abril de 2020 às 11:11
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No próximo ano, poderá, ou não, haver condições para cumprir com a promessa de aumentos salariais para os funcionários públicos. O primeiro-ministro não se compromete, para já, com esta medida, mas continua a garantir que o Governo não pretende impor nova austeridade devido à crise gerada pela pandemia do coronavírus.

No início deste ano, António Costa prometeu um aumento mínimo de 1% nos salários dos funcionários públicos em 2021, mesmo que a inflação verificada no conjunto de 2020 venha a ser inferior a esse valor.

A pandemia do coronavírus veio, contudo, impor um "aumento brutal de despesa", pelo que esta promessa poderá não ser cumprida. Para já, é apenas certo que será necessário um novo Orçamento do Estado para este ano.

"Antes do Orçamento do Estado para 2021, temos de discutir um Orçamento do Estado suplementar para 2020, que incorpore o aumento brutal de despesa", afirmou António Costa, em entrevista à Rádio Observador, concedida esta terça-feira, 14 de abril.

Quanto aos aumentos salariais para a Função Pública, o primeiro-ministro não se compromete. "Pode não haver condições, como pode ser que haja condições para aumentos salariais da Função Pública. O 'mix' de medidas a implementar está em aberto", disse apenas.

Seja como for, e tal como já tem vindo a defender nas últimas semanas, a imposição de nova austeridade está, para já, colocada de parte. "Hoje, temos uma doença que é distinta da doença que tínhamos então [na última crise financeira]. Portanto, a terapia também tem de ser diferente", começou por dizer sobre este assunto.

E acrescentou: "Empresas, empregos e rendimentos: é absolutamente fundamental evitar destruir estes". Assim, defende, a imposição de austeridade "seria uma estratégia profundamente errada".

"Tudo o que sejam cortes serão, seguramente, más receitas", concluiu.
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