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"Os riscos para a estabilidade financeira continuam elevados"
O Relatório de Estabilidade Financeira Global, da responsabilidade do Fundo Monetário Internacional (FMI), considera que "os riscos para a estabilidade financeira continuam elevados" e recomenda aos responsáveis políticos a adopção de planos de contingênc
O Relatório de Estabilidade Financeira Global, da responsabilidade do Fundo Monetário Internacional (FMI), considera que "os riscos para a estabilidade financeira continuam elevados" e recomenda aos responsáveis políticos a adopção de planos de contingência.
"Os eventos dos últimos meses demonstraram a fragilidade do sistema financeiro global e levantaram questões fundamentais sobre a eficácia da resposta das instituições públicas e privadas", começa por apontar o relatório.
Para o FMI, "houve uma falha colectiva na apreciação da alavancagem assumida pelas instituições – bancos, seguradoras de obrigações, entidades governamentais e ‘hedge funds’ – e dos riscos associados".
A presente crise evidencia também que os agentes do sector não foram capazes de acompanhar a sua rápida transformação. "A gestão do risco no sector privado, a divulgação de informação relevante, a supervisão do sector financeiro e a regulação não conseguiram acompanhar a rápida inovação e as mudanças nos modelos de negócio", avança o FMI.
Segundo o relatório, as autoridades monetárias e de regulação não têm sido capazes de colocar um travão na crise: "Apesar da actuação sem precedentes dos maiores bancos, os mercados financeiros ainda enfrentam fortes constrangimentos, agora ampliados por um ambiente económico mais preocupante, instituições com capitais fragilizados e uma ampla desalavancagem".
Desde o último relatório, em Abril, "o sistema financeiro global enfrenta constrangimentos acrescidos e os riscos para a estabilidade financeira continuam elevados".
Por isso, para os responsáveis políticos é crítica a tomada de medidas para diminuir os riscos de um ajustamento ainda mais violento. O relatório recomenda "a preparação de planos de contingência". Além de que é necessário "tomar medidas em relação às origens da presente turbulência".