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OE 2025: CCP apela a partidos para "colocarem interesse nacional acima de táticas políticas"
CCP sublinha que "a previsibilidade e a estabilidade desejadas pelo tecido empresarial passam necessariamente" pela aprovação da proposta do OE para 2025 e insta partidos a viabilizarem mesmo que não se "revejam totalmente no documento". Chega e PAN já anunciaram voto contra na generalidade. PS decide segunda-feira.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) apelou, esta quarta-feira, os partidos políticos para que "coloquem interesse nacional acima das táticas políticas e viabilizem" a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2025.
"Acreditando que a previsibilidade e a estabilidade desejadas pelo tecido empresarial passam necessariamente por essa aprovação, a CCP apela a todas as forças políticas - e especialmente àquelas que têm garantido a governabilidade do país - para que coloquem o interesse nacional acima de circunstanciais ganhos políticos próprios, e tudo façam para assegurar os compromissos necessários na Assembleia da República para a aprovação de um Orçamento de Estado para 2025, mesmo que isso signifique não se reverem totalmente no documento".
"A eventual realização de novas eleições, em resultado de uma crise política aberta pela não aprovação do OE2025, resultaria de acordo com as sondagens recentes, numa situação de impasse que não garantiria qualquer maioria estável", sustenta, num comunicado enviado às redações.
A organização liderada por João Vieira Lopes aponta que "para o indispensável crescimento económico do país, e para assegurar que é possível cumprir os objetivos recentemente definidos no novo Acordo Tripartido assinado em sede de Concertação Social, é condição necessária que os partidos com representação parlamentar entendam a necessidade de contribuir para a governabilidade do país, cumprindo o desejo da maioria dos portugueses que transparece de todos os inquéritos de opinião e que também a instabilidade da situação internacional impõe".
A proposta do OE para 2025 vai ser votada na generalidade no próximo dia 31, estando já anunciadas as posições do Chega e do PAN que planeiam votar contra. Já o PS vai decidir o sentido de voto na segunda-feira.