A Moody's cortou a nota do Chipre em um nível, para Ba1, e colocou as perspectivas em negativo, o que significa que a agência admite novas quedas do "rating".

A Moody's é a segunda agência de "rating" a colocar a nota do Chipre em "lixo", depois de a Standard and Poor's o ter feito em Janeiro. A Fitch considera que o país está um nível acima de "lixo".

As quedas do "rating" do Chipre vedaram efectivamente o acesso do país aos mercados internacionais, obrigando Nicósia a contrair um empréstimo a baixos juros junto da Rússia para cumprir as suas necessidades financeiras deste ano.

A Moody's afirmou que o problema dos bancos cipriotas é a quantia significativa de obrigações gregas que detêm e também a grande participação dos empréstimos gregos nas suas carteiras de investimentos.

A agência norte-americana aponta ainda a fraca confiança do sector privado e as condições económicas externas adversas que vão limitar o crescimento potencial da ilha nos próximos anos.

"Apesar de o governo parecer bem posicionado para alcançar progressos significativos este ano, as condições económicas desfavoráveis colocam riscos de implementação [de medidas] em 2013 e depois desse ano", refere a Moody's.

A agência de "rating" baixou também a nota atribuída a três bancos cipriotas: o Bank of Cyprus, o Marfin Popular Bank e o Hellenic Bank, colocando-os igualmente em "lixo".