José Luís Machinea, ministro da Economia argentino, renunciou ontem ao seu cargo, devido à continuada recessão da economia argentina. O presidente La Rua, aceitou e deverá anunciar ainda hoje, o substituto capaz de dirigir os destinos da economia argentina.

Após uma série de indicadores económicos demonstrarem a recessão contínua da economia argentina, José Machinea decidiu demitir-se de ministro da Economia.

Nos últimos meses, os rumores da saída de Machinea circulavam, com a queda actividade industrial do país, com o défice orçamental atingir só em Janeiro os 942 milhões de dólares (mil milhões de euros ou 200 milhões de contos), quase metade do previsto para o total do primeiro trimestre de 2001.

Desde da tomada de posse em 1999, reduzidos são os sinais de recuperação da economia. Mas nos últimos seis meses, o ministro da Economia conseguiu um empréstimo de 40 mil milhões de dólares (42,75 mil milhões de euros ou 8,75 mil milhões de contos) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outros organismos multilaterais de financiamento, com o qual evitou ataques especulativos à moeda.

Mas, o FMI condiciona a concessão do empréstimo ao cumprimento de metas de défice orçamental e crescimento da economia.

O actual sistema cambial da economia argentina tem sofrido críticas, uma vez que obriga a que para cada peso (moeda argentina) em circulação haja um dólar (moeda norte-americana) nas reservas do Banco Central.

Também o Merval, índice que agrega as principais acções negociadas na Bolsa de Buenos Aires, no final de Fevereiro caiu 20% face ao mês anterior, indiciando também uma crise na economia argentina.

Chrystian Colombo, actual presidente do estatal Banco de La Nacion ou Ricardo Lopez Murphy, actual ministro da Defesa, são apontados comos os prováveis substitutos de Machinea.