O convite a Miguel Cadilhe para presidir ao Banco Português de Negócios (BPN) continua de pé e ao que tudo indica pode vir mesmo a tornar-se realidade.

Segundo informações recolhidas pelo Jornal de Negócios, nos últimos dias terão ficado ultrapassados os aspectos relacionados com o estatuto de reformado de Cadilhe junto do BCP, que tornava incompatível a acumulação com cargos em outras instituições do sector financeiro.

O Jornal de Negócios confirmou que alguns accionistas efectivamente convidaram Miguel Cadilhe mas formalmente ainda não existe convite formal por parte do órgão estatutário competente (Conselho Superior), condição que o gestor coloca para uma decisão. E sabendo-se que existem várias sensibilidades entre os accionistas, também não é de excluir um volte-face.

Aliás ainda ontem era noticiado pelo Público que existia um grupo de investidores não europeus interessado em tomar posição no BPN, notícia confirmada pelo actual presidente do BPN e da Sociedade Lusa de Negócios, Abdool Vakil. E também o ex-presidente, Oliveira e Costa, tem mantido contactos com investidores para entrarem no banco, cuja liderança abandonou em Fevereiro invocando motivos de saúde, mas em rota de colisão com um grupo de accionistas de referência.

O Jornal de Negócios tentou contactar, sem sucesso, Miguel Cadilhe e Joaquim Coimbra, accionista que tem dinamizado a procura de uma alternativa de gestão para o banco.