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Livro assinala percurso de Diogo Vasconcelos
"Diogo Vasconcelos: O homem que tocou o futuro" é lançado esta quinta-feira e passa em revista a vida de um dos grandes impulsionadores do empreendedorismo em Portugal.
Diogo Vasconcelos, um dos grandes impulsionadores do empreendedorismo e de uma cultura de inovação em Portugal, faleceu aos 43 anos, há precisamente uma década, deixando um legado que ainda hoje perdura. Para assinalar a data é esta quinta-feira lançado o livro "Diogo Vasconcelos: O homem que tocou o futuro", da autoria da Ana Rita Ramos e Teresa Ribeiro, e editado pela Media XXI. A apresentação terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian.
O livro passa em revista toda a vida do antigo diretor da Cisco em Londres, que desde cedo viveu com uma intensidade fora do comum, desde uma enorme capacidade argumentativa em criança até se afirmar na adolescência, e mais tarde na faculdade, com a sua vontade de gerar mudança e lutar por uma sociedade melhor. O gestor português foi sempre muito ativo em movimentos estudantis e tornou-se no grande impulsionador da Federação Académica do Porto, reunindo as várias associações de estudantes das universidades do Porto.
Depois de uma passagem rápida como deputado, assumiu um papel relevante na modernização digital do país ao ser nomeado, por Durão Barroso, para liderar a UMIC – Unidade de Missão Inovação e Conhecimento, de onde saíram muitos dos projetos de inovação e modernização do Estado, entre os quais o Portal do Cidadão, as compras eletrónicas no Estado, a massificação da banda larga, as redes de conhecimento das Universidades. A partilha de conhecimento foi sempre um dos temas mais importantes para Diogo Vasconcelos e uma das frases que mais usou - "We are what we share"- tornou-se a mais representativa do seu compromisso para com uma sociedade melhor.
Segundo Ana Rita Ramos, "este livro é uma homenagem ao território mágico dos sonhos e das recordações – mais do que um tributo, é um manual de consulta, para que nada se perca do que nos legou através do seu talento, entusiasmo, otimismo e, acima de tudo, da sua inabalável fé no que há de vir".
O projeto foi preparado por Jaime Quesado, um dos seus amigos mais próximos, para o qual "o Diogo defendia fortemente uma cultura empreendedora para Portugal". "Percebeu, de forma feliz, que só com um choque de inovação e de competitividade seria possível à nossa economia e sociedade ganhar a batalha da relevância nos mercados internacionais. E com o sentido de inteligência que lhe era reconhecido deu o seu melhor em diferentes contextos – públicos e privados – pela defesa intransigente de uma agenda colaborativa de competência, que nos permitisse sermos melhores num contexto de maior abertura e partilha da informação e do conhecimento."
Diogo Vasconcelos faleceu em julho de 2011, em Londres, onde vivia, vítima de uma septicémia. Foi vice-presidente do PSD e consultor do então Presidente da República Cavaco Silva. O livro estará também brevemente disponível nas livrarias.