Notícia
Krugman: Decisões da cimeira são "tímidas"
Solução para a crise passa por pôr o BCE a fazer compras de dívida em larga escala e aceitar mais inflação, insiste o economista.
02 de Julho de 2012 às 15:47
Paul Krugman considera que as decisões da última cimeira europeia tenderão a aliviar a pressão sobre as condições de financiamento de países como Espanha e Itália, mas ficam muito aquém do que seria necessário para poder alimentar a expectativa de que se deu um passo efectivo no sentido de solucionar a crise do euro.
“A grande ilusão da Europa” é o título do artigo, ontem publicado no New York Times, onde o prémio Nobel diz que a Alemanha cedeu algum terreno, mas “estas concessões são muito tímidas quando comparadas com a escala dos problemas”.
Krugman diz ser positivo que se tenha reconhecido a possibilidade de compras de dívida no mercado secundário e a recapitalização directa de bancos pelos fundos de resgate (procedimentos que comparou, no seu blogue, a timidos “quantitative easing” e TARP norte-americanos).
Mas a resposta à crise “quase certamente terá de envolver grandes compras de obrigações soberanas pelo BCE e uma vontade declarada do banco central de aceitar uma inflação algo mais elevada”. “Mesmo com estas políticas, boa parte da Europa enfrentará a perspectiva de anos de muito elevado desemprego”. Mas, acrescenta, "pelo menos ver-se-ia o caminho da retoma”.
“A grande ilusão da Europa” é o título do artigo, ontem publicado no New York Times, onde o prémio Nobel diz que a Alemanha cedeu algum terreno, mas “estas concessões são muito tímidas quando comparadas com a escala dos problemas”.
Mas a resposta à crise “quase certamente terá de envolver grandes compras de obrigações soberanas pelo BCE e uma vontade declarada do banco central de aceitar uma inflação algo mais elevada”. “Mesmo com estas políticas, boa parte da Europa enfrentará a perspectiva de anos de muito elevado desemprego”. Mas, acrescenta, "pelo menos ver-se-ia o caminho da retoma”.