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JMJ: Moedas responde com tapete de boas-vindas a ação de Bordallo II

Depois de Bordallo II ter conseguido colocar uma passadeira com notas de 500 euros no altar-palco, o presidente da câmara de Lisboa colocou outro com a inscrição "Bem-vindos". Moedas rejeitou falhas de segurança e falou e "liberdade artística"

Tiago Petinga/Lusa
29 de Julho de 2023 às 14:44
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O presidente da Câmara de Lisboa respondeu com um tapete de boas-vindas à "passadeira da vergonha", estendida pelo artista Bordallo II no altar-palco, no Parque Tejo, que hoje voltou a qualificar de ato de "liberdade artística".

O autarca social-democrata referia-se à intervenção, na terça-feira, de Bordalo II, que criticou os "milhões do dinheiro público" investidos para receber o Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre terça-feira e domingo, em Lisboa, com uma representação de notas de 500 euros.

"Tanto o ministro da Administração Interna, como eu próprio, como o sistema de segurança, já falámos sobre o tema e não houve aqui nenhuma falha de segurança. Há, sim, liberdade artística, há liberdade do artista, há liberdade de todos. São todos bem-vindos", salientou.

Na sexta-feira, Carlos Moedas respondeu a Bordalo II com um vídeo no Instragram, estendendo um tapete no altar-palco com a inscrição "Bem-vindos".

"Agora sim, o tapete está posto. Aqui, são todos bem-vindos", escreveu o presidente da Câmara de Lisboa na publicação.

"Eu fui lá [ao altar-palco] por um tapete a dizer bem-vindos. Sejam bem-vindos à Jornada Mundial da Juventude", acrescentou hoje, durante uma visita a um quartel de bombeiros, reforçado que não tem mais nada a dizer sobre a ação de Bordalo II.

Carlos Moedas já havia negado na sexta-feira que houvesse falta de segurança no palco-altar no Parque Tejo, defendendo que jovens como Bordalo II têm "toda a liberdade artística".

Em declaração aos jornalistas, à margem da ativação do Centro de Coordenação Operacional Municipal para a JMJ, o presidente da Câmara de Lisboa garantiu que a intervenção artística não reflete um problema de segurança, mas ainda vai "apurar exatamente" o que aconteceu.

"Estamos a falar de algo que é um espaço que é da cidade. Aquele espaço vai ser da cidade. Este evento é da cidade. Não estamos a falar aqui de segurança", disse o autarca.

Considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se este ano em Lisboa, com a presença do Papa Francisco, sendo esperadas mais de um milhão de pessoas.
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