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Irlanda quer acordo de resgate renegociado

Dublin pretende que seja aplicado, retroactivamente, um plano de ajuda aos seus bancos igual ao de Madrid.

10 de Junho de 2012 às 04:50
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A Irlanda quer que lhe apliquem o mesmo plano de ajuda à banca que foi delineado para Espanha, avança a AFP.

Assim, o país pretende pedir a implementação retroactiva de um plano similar, que não implique medidas de austeridade para o Estado. E irá fazê-lo já na próxima reunião dos ministros europeus das Finanças, a 21 de Junho no Luxemburgo, segundo fontes governamentais europeias citadas pela agência noticiosa francesa.

A Irlanda vai assim levantar questão da “necessidade de assegurar a paridade do acordo com Espanha, retroactivamente, no que diz respeito ao seu resgate por parte do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF)”, comentou uma das fontes, referindo-se ao fundo temporário de resgate da Zona Euro, que irá coexistir com o seu sucessor, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Uma outra fonte europeia confirmou à AFP esta informação.

Recorde-se que a Irlanda conseguiu um acordo de resgate no valor de 85 mil milhões de euros por parte da troika (BCE. Comissão Europeia e FMI) em Novembro de 2010, para ajudar a sua banca em apuros, mas só depois de concordar com a tomada de medidas de austeridade draconianas.

Ao contrário dos três países anteriormente intervencionados – Grécia, Irlanda e Portugal -, Espanha terá, conforme já vinha a ser avançado, uma ajuda sujeita a condições menos austeras, já que não será exigido um programa de ajuste ao Estado. Com efeito, segundo o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, o acordo de financiamento para ajudar os bancos do país em dificuldades não impõe condições à restante economia.

Os ministros das Finanças da Zona Euro anunciaram este sábado a disponibilidade para concederem um empréstimo de 100 mil milhões de euros a Espanha destinados a revitalizarem os seus bancos em apuros. Sublinhe-se que o FMI considera que o sistema financeiro espanhol precisa de pelo menos 40 mil milhões de euros para cumprir os novos requisitos de capitalização.

Esta ajuda foi bem acolhida pelo FMI, que diz que o resgate tem dimensão suficiente para restaurar a credibilidade dos bancos espanhóis, refere a BBC News. Também os Estados Unidos se congratularam com a decisão, considerando-a um passo vital em direcção à “união financeira” da Zona Euro.

Mas nem todos estão contentes. Em Espanha, 200 pessoas reuniram-se à noite na Puerta del Sol, em Madrid, protestando contra a injecção de dinheiro do Eurogrupo no sistema bancário espanhol.



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