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Inflação portuguesa 38% acima da média da Zona Euro

A taxa de inflação nacional, que em Março avançou para os 3,6%, o nível mais elevado desde 1996, encontra-se 38% acima da média da Zona Euro, que se situava no mesmo mês nos 2,6%, reflectindo o congelamento dos preços dos combustíveis no ano passado.

19 de Abril de 2001 às 12:39
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A taxa de inflação nacional, que em Março avançou para os 3,6%, o nível mais elevado desde 1996, encontra-se 38% acima da média da Zona Euro, que se situava no mesmo mês nos 2,6%, reflectindo os efeitos do congelamento dos preços dos combustíveis no ano passado, segundo analistas.

Em Março, o índice de preços no consumidor (IPC) da Zona Euro avançou 0,4% face ao mês anterior, enquanto o IPC nacional progrediu 0,5% no mesmo período. Em termos homólogos, Portugal foi responsável pelo maior crescimento entre os países que partilham a moeda única, com uma progressão de 5,1%.

Relativamente à media dos países membros da União Europeia (UE), o diferencial face a Portugal superior ao da Zona Euro, com a taxa de 2,3% registada em Março a ser inferior em 56,5% face à taxa de inflação nacional.

«Este diferencial, que é bastante elevado, é uma consequência da opção que tomada no ano passado, quando o Governo congelou os preços dos combustíveis», afirmou Miguel Frasquilho, analista do Banco Espírito Santo (BES).

A mesma fonte considerou que «é normal que as repercussões da subida dos preços do petróleo sejam sentidas este ano, já que os preços tiveram de ajustar (…), enquanto na Zona Euro isso já aconteceu durante o ano passado», recordando que Portugal foi o único país da zona da moeda única que não optou pela liberalização dos preços em 2000.

O Governo elevou a 11 de Abril a previsão para a inflação portuguesa em 2001, do intervalo anterior de 2,7% a 2,9%, para um novo intervalo de 2,9% a 3,3%.

«Estas novas previsões estão completamente ultrapassadas. Elas são as mesmas que o Banco de Portugal tinha no início deste ano e esta instituição já anunciou que vai rever as suas estimativas em alta, seguramente para cima dos 3,5%», sublinhou o mesmo analista.

O Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, afirmou ontem as estimativas daquele organismo para a inflação nacional seriam revistas proximamente e recomendou a redução nas despesas públicas e a moderação salarial para controlar as pressões inflacionistas, de acordo com o jornal «Público».

A taxa de inflação nacional em Março situava-se 80% acima da meta traçada pelo Banco Central Europeu (BCE) para este indicador, que se situa nos 2%.

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