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Inflação na Alemanha desacelera ligeiramente para 10% em novembro

Segundo o presidente da Destatis, Georg Thiel, "a taxa de inflação mantém-se a um nível elevado de 10,0%, apesar de uma ligeira moderação nos preços da energia".

A Alemanha é o país da União Europeia que mais gás natural consome e será o mais afetado neste inverno, o primeiro sem o fornecimento de gás russo via gasoduto NordStream1.
Fabrizio Bensch/Reuters
13 de Dezembro de 2022 às 10:00
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A inflação homóloga na Alemanha desacelerou ligeiramente em novembro, mas manteve-se nos 10%, depois de ter atingido um pico de 10,4% em outubro, informou esta terça-feira a agência federal de estatística alemã (Destatis).

Em comparação com outubro, o índice de preços no consumidor (IPC) caiu 0,5%.

Segundo o presidente da Destatis, Georg Thiel, "a taxa de inflação mantém-se a um nível elevado de 10,0%, apesar de uma ligeira moderação nos preços da energia".

"Estamos também a observar cada vez mais aumentos de preços em muitos outros bens além da energia. Particularmente notável para os agregados familiares é o aumento crescente dos preços dos alimentos", disse.

Desde o início da guerra na Ucrânia, os preços da energia e dos alimentos em particular subiram acentuadamente e continuam a ter um impacto significativo na taxa de inflação.

Como consequência da situação de guerra e crise, os problemas de abastecimento e a evolução dos preços nas fases económicas intermédias também influenciam a taxa de inflação, impulsionando também os preços de outros bens e serviços.

Uma das primeiras medidas do terceiro pacote de ajuda do Governo alemão, a redução do IVA sobre o gás e o aquecimento urbano de 19% para 7%, que entrou em vigor em outubro, teve um efeito amortecedor sobre a inflação destes produtos energéticos.

Apesar das medidas de flexibilização, os produtos energéticos aumentaram 38,7% de ano para ano em novembro, embora o aumento de preços tenha enfraquecido um pouco após os 43,0% de outubro.

Em particular, o preço da energia doméstica aumentou acentuadamente, em 53,2%.

Assim, os preços do gás natural mais do que duplicaram - em 112,2% - e os preços do aquecimento urbano em 36,6%.

O aquecimento com outras fontes de energia também se tornou mais caro: a madeira, pellets ou outros combustíveis sólidos aumentaram 96,3% e o óleo de aquecimento leve em 55%.

Entretanto, a eletricidade subiu 27,1%.

Os consumidores tiveram de pagar significativamente mais não só pela energia doméstica, mas também pelos combustíveis - em 14,6%.

Os preços dos alimentos aumentaram 21,1% em termos homólogos em novembro, mais do dobro do aumento da inflação global, e depois de já terem aumentado 20,3% em outubro e, de um modo geral, terem aumentado gradualmente desde o início do ano.

Mais uma vez, foram observados aumentos de preços em todos os grupos alimentares: as gorduras e óleos aumentaram consideravelmente - em 41,5% - tal como os produtos lácteos e os ovos - em 34,0% -, o pão e os cereais - em 21,1% e os vegetais - em 20,1%.

Excluindo o impacto da energia, a taxa de inflação em novembro foi de 6,6%, e excluindo energia e alimentos, de 5%.

Os preços dos bens no conjunto aumentaram 17,1% em termos homólogos: os consumíveis subiram 22,8%, enquanto os bens de consumo duradouros aumentaram 6,6%.

Os preços dos serviços no seu conjunto aumentaram 3,6% em termos homólogos, incluindo as rendas líquidas, que aumentaram 1,7%.

Os serviços que mais aumentaram foram a restauração - em 9,8% -, cabeleireiro e higiene pessoal - em 7,5% - e manutenção e reparação de veículos - em 7,4%.

O IPC harmonizado para a Alemanha, que é calculado de acordo com os critérios da UE, aumentou 11,3% em termos homólogos em novembro e manteve-se inalterado em relação ao mês anterior.
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