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ICP disponibiliza caderno de encargos para licenças de UMTS (actualização)
(actualização nos sexto, oitavo e seguintes parágrafos) O Instituto de Comunicações de Portugal (ICP) iniciou hoje o concurso das quatro licenças de UMTS, terceira geração móvel, depois de ter...
«Cada candidato terá que apresentar um projecto técnico de cariz económico-financeiro, onde explicite a política de preços, o projecto de mercados e uma série de outros requisitos, pela qual irão nortear a actividade de telefonia móvel com a nova tecnologia UMTS», revelou o mesmo responsável. O preço de cada caderno de encargos ascende a 1,5 mil euros (300 contos).
Um dos requisitos é que a actividade comercial da telefonia móvel de terceira geração arranque em Janeiro de 2002.
O Governo divulgou que a taxa única de cada licença de UMTS será de 99,78 milhões de euros (20 milhões de contos), em linha com os esperado pelos analistas.
As três operadoras móveis nacionais: a Telecomunicações Móveis Nacionais (TMN), operadora do Grupo Portugal Telecom (PT), a Optimus, do Grupo Sonae e a Telecel do Grupo Vodafone, deverão ganhar três das quatro licenças que serão concedidas, estando ainda por definir a que consórcio o ICP dará a quarta licença.
Contudo, o ICP revelou no caderno de encargos que «nenhum dos três actuais operadores licenciados para as tecnologias GSM e DCS terá acesso automático a uma licença em IMT2000/UMTS. No entanto, nos termos do regulamento do concurso, serão valorizadas as propostas que previrem o fornecimento de “roaming” nacional entre os sistemas de terceira e segunda geração».
A Jazztel, que irá candidatar-se em consórcio com a Electricidade de Portugal, o Banco Comercial Português (BCP) e outras entidades nacionais e internacionais à quarta licença de UMTS, estima investir, em conjunto com estes parceiros, 997,5 milhões de euros (200 milhões de contos) neste projecto de UMTS.
O concurso de licenças UMTS, promovido pelo ICP decorrerá até ao dia 29 de Setembro. As licenças têm uma validade de 15 anos. A cobertura dos sistemas de terceira geração móvel terá de atingir, pelo menos, 20% da população nacional no final do primeiro ano de vigência da licença, 40% no final do terceiro ano e 60% no final do quinto.
Segundo fonte da Telecel contactada pelo Canal de Negócios «os investimentos de cada operador irão depender da taxa de cobertura e dos serviços que cada operador pretenderá prestar».
Nenhum operador licenciado pode deter directa ou indirectamente 10% do capital noutro operador licenciadoSegundo revelou hoje o ICP em comunicado, «nenhuma entidade accionista licenciada poderá deter directa ou indirectamente, mais de 10% do capital de outro operador licenciado». Qualquer entidade que se encontre nesta situação, deverá alienar a sua posição até um ano após a concessão da licença.
A Electricidade de Portugal (EDP) encontra-se nestas circunstâncias, uma vez que detém 25% do capital da Optimus e tendo já afirmado que irá candidatar-se directamente a uma das quatro licenças de UMTS. A eléctrica nacional terá que alienar até pelo menos 15% da sua posição. A Sonae SGPS já anunciou que está em negociações para a compra da posição da EDP na Optimus.
O UMTS «permitirá a adaptação da generalidade de serviços multimédia já hoje prestados pela Internet fixa, bem como a criação de serviços inovadores propiciados pela mobilidade e portabilidade dos equipamentos. A prestação de serviços informativos e de entretenimento, da realização de transacções comerciais e bancárias, a consulta de portais e “sites”, a videoconferência, a telemedicina e tele-educação são apenas alguns exemplos», acrescenta o comunicado.