Notícia
Grécia: Plano de austeridade não desbloqueia ajuda externa
O Parlamento grego aprovou esta quarta-feira o plano de austeridade exigido pela troika para desbloquear a nova tranche da ajuda internacional. Falta agora a "luz verde" dos parceiros europeus. O ministro das Finanças da Alemanha já avisou, no entanto, que os fundos podem continuar congelados mais tempo do que o esperado.
08 de Novembro de 2012 às 13:32
Com a aprovação do novo plano de austeridade (no valor de 11,5 mil milhões de euros), o Eurogrupo deveria desbloquear na próxima semana (dia 12 de Novembro) uma tranche de 31,5 mil milhões de euros (congelada desde as eleições legislativas de Junho passado).
No entanto, o ministro das Finanças alemão veio hoje alertar que isso poderá não acontecer. "Neste momento, não acho que seja possível tomar essa decisão [desbloquear a tranche] já na próxima semana", disse Wolfgang Schäuble durante uma conferência organizada pelo jornal alemão "Die Zeit" que teve lugar esta manhã em Hamburgo.
Coligação cada vez mais enfraquecida
O novo plano de austeridade foi ontem aprovado com 153 votos a favor – de um total de 300 assentos parlamentares, 128 contra e 18 "presentes" (semelhante a um voto em branco).
Recorde-se, porém, que a coligação no governo, composta pela Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática, tinha inicialmente 179 assentos parlamentares. Ou seja, houve, pelo menos, 26 membros da coligação que não aprovaram as novas medidas.
Quase cinco meses após as eleições, e depois de vários abandonos e expulsões, a coligação conta hoje com 168 membros: 126 da Nova Democracia (face aos 129 iniciais), 26 do Pasok (face aos 33 iniciais) e 16 da Esquerda Democrática (face aos 17 iniciais).
A coligação no Governo está assim cada vez mais enfraquecida e Samaras enfrenta já no próximo domingo, dia 11 de Novembro, uma nova prova de fogo no Parlamento: a aprovação do Orçamento do Estado para 2013.
"O prognóstico não é bom", destaca o economista do JP Morgan, Alex White, referindo-se ao facto da coligação já ter perdido o apoio de 26 membros em apenas cinco meses. "A votação da noite passada mostrou o quão frágil está a coligação. Apesar de ter passado neste importante teste, outro desafio pode vir a ser fatal", alerta White em declarações à agência Bloomberg.
No entanto, o ministro das Finanças alemão veio hoje alertar que isso poderá não acontecer. "Neste momento, não acho que seja possível tomar essa decisão [desbloquear a tranche] já na próxima semana", disse Wolfgang Schäuble durante uma conferência organizada pelo jornal alemão "Die Zeit" que teve lugar esta manhã em Hamburgo.
O novo plano de austeridade foi ontem aprovado com 153 votos a favor – de um total de 300 assentos parlamentares, 128 contra e 18 "presentes" (semelhante a um voto em branco).
Recorde-se, porém, que a coligação no governo, composta pela Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática, tinha inicialmente 179 assentos parlamentares. Ou seja, houve, pelo menos, 26 membros da coligação que não aprovaram as novas medidas.
Quase cinco meses após as eleições, e depois de vários abandonos e expulsões, a coligação conta hoje com 168 membros: 126 da Nova Democracia (face aos 129 iniciais), 26 do Pasok (face aos 33 iniciais) e 16 da Esquerda Democrática (face aos 17 iniciais).
A coligação no Governo está assim cada vez mais enfraquecida e Samaras enfrenta já no próximo domingo, dia 11 de Novembro, uma nova prova de fogo no Parlamento: a aprovação do Orçamento do Estado para 2013.
"O prognóstico não é bom", destaca o economista do JP Morgan, Alex White, referindo-se ao facto da coligação já ter perdido o apoio de 26 membros em apenas cinco meses. "A votação da noite passada mostrou o quão frágil está a coligação. Apesar de ter passado neste importante teste, outro desafio pode vir a ser fatal", alerta White em declarações à agência Bloomberg.