Notícia
Grécia está em crise mas continua a comprar submarinos
A aquisição de submarinos referente a 2000 envolve a Ferrostaal, empresa que está envolvida no caso do mesmo equipamento militar em Portugal.
A Grécia estava a enfrentar graves problemas financeiros e passou a receber dinheiro para não entrar em bancarrota. Mas deverá estar a gastar parte dele em armamento. Uma reportagem do “El País” diz que, em Agosto, existiram negociações para assegurar que a Grécia chegasse a um acordo para a compra de novos submarinos, ou seja, um investimento em novo equipamento militar pago pelo país que foi resgatado e que continua a receber tranches do empréstimo conjunto da Zona Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Nos mesmos encontros, aconteceram várias reuniões de altos cargos da Marinha e outros intervenientes gregos com uma construtora de submarinos alemã Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS) e os seus sócios de Abu Dhabi Mar, para saber como e quando irá a Grécia pagar os milhões de euros que deve com a compra de submarinos germânicos ao longo dos anos. O mesmo artigo relembra que também na
Grécia se investiga a alemã Ferrostaal AG, para saber se a empresa pagou subornos para conseguir a adjudicação, uma acusação similar à que enfrenta no caso português. Além das ajudas públicas de 22.400 milhões de euros, os germânicos da firma também deram vários milhões de euros a políticos gregos para que estes garantissem a venda de submarinos, num acordo firmado em 2000.
O país liderado por George Papandreou comprometia-se a comprar quatro submarinos por 1.850 milhões de euros e os alemães resgatavam um estaleiro em mau estado financeiro, no fim daquele ano. Em Maio de 2002, os mesmos sócios e a Grécia acordavam a renovação de 3 submarinos, por 985 milhões de euros, mas o país atrasou-se nos pagamentos.
E este objectivo de continuar a vender as armas à Grécia pela Alemanha continua, já que o país tem de aproveitar o facto de a nação do sul da Europa ser aquele que mais investe em dinheiro em armas per capita, tendo sido também a maior compradora de armas do mundo entre 2005 e 2009, segundo um estudo realizado pelo instituto SIPRI, de Estocolmo.
Daniel Cohn Bendit, deputado dos Verdes no Parlamento Europeu, já se insurgiu contra a situação: “Nos últimos meses, a França vendeu seis fragatas à Grécia por 2.500 milhões de euros e helicópteros por 400 milhões. A Alemanha vendeu à Grécia seis submarinos por um total de mil milhões de euros. Emprestamos dinheiro para que comprem armas”.
Segundo o “El País”, a Grécia está a investigar todos os contratos de armamento nos últimos 10 anos, que correspondem a um total de 16 mil milhões de euros.
Nos mesmos encontros, aconteceram várias reuniões de altos cargos da Marinha e outros intervenientes gregos com uma construtora de submarinos alemã Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS) e os seus sócios de Abu Dhabi Mar, para saber como e quando irá a Grécia pagar os milhões de euros que deve com a compra de submarinos germânicos ao longo dos anos. O mesmo artigo relembra que também na
Grécia se investiga a alemã Ferrostaal AG, para saber se a empresa pagou subornos para conseguir a adjudicação, uma acusação similar à que enfrenta no caso português. Além das ajudas públicas de 22.400 milhões de euros, os germânicos da firma também deram vários milhões de euros a políticos gregos para que estes garantissem a venda de submarinos, num acordo firmado em 2000.
E este objectivo de continuar a vender as armas à Grécia pela Alemanha continua, já que o país tem de aproveitar o facto de a nação do sul da Europa ser aquele que mais investe em dinheiro em armas per capita, tendo sido também a maior compradora de armas do mundo entre 2005 e 2009, segundo um estudo realizado pelo instituto SIPRI, de Estocolmo.
Daniel Cohn Bendit, deputado dos Verdes no Parlamento Europeu, já se insurgiu contra a situação: “Nos últimos meses, a França vendeu seis fragatas à Grécia por 2.500 milhões de euros e helicópteros por 400 milhões. A Alemanha vendeu à Grécia seis submarinos por um total de mil milhões de euros. Emprestamos dinheiro para que comprem armas”.
Segundo o “El País”, a Grécia está a investigar todos os contratos de armamento nos últimos 10 anos, que correspondem a um total de 16 mil milhões de euros.