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Governo está atento aos "coletes amarelos"
A reunião de hoje do Conselho de Ministros não abordou o anunciado protesto de sexta-feira do movimento "coletes amarelos", mas Governo e autoridades seguem a situação com atenção, garantiu a ministra da Presidência e Modernização Administrativa.
"Com certeza que merece sempre preocupação. Não foi tema da agenda do Conselho de Ministros. Como se disse a propósito dos professores, repito, a propósito de todas as portuguesas e portugueses, o direito de manifestação existe, desde que seja cumprido dentro da lei e de forma pacífica. É o que o Governo tem a dizer sobre essa questão", afirmou Maria Manuel Leitão Marques, na conferência de imprensa após a reunião.
Através das redes sociais e de troca de mensagens, estão marcados actos de protesto e várias acções em Portugal esta sexta-feira, à semelhança do que tem sucedido em toda a França e em Bruxelas nas últimas semanas, num movimento inorgânico que adoptou a designação do seu homólogo gaulês - "coletes amarelos" -, com o objectivo, entre outros, de levar a cabo bloqueios rodoviários e até aeroportuários, com recurso a 'drones' (objectos voadores não tripulados), reivindicando baixa de impostos e combate à corrupção.
"Se foi discutido no Conselho de Ministros, não foi, mas isso não quer dizer que, naturalmente, cada um [dos ministros] nas nossas responsabilidades não esteja a dar atenção a essa questão, como a outras que nos preocupam e hoje não foram objecto da agenda", disse a responsável do executivo socialista.
A ministra reiterou que este é um "assunto ao qual o Governo e, particularmente, as forças de segurança estão naturalmente atentos para garantir que o exercício do direito de manifestação se faz, de acordo com a lei e de forma pacífica".
"Esperemos que assim aconteça porque é o que todos desejamos: viver num país com paz e seguro", declarou.
Antes, Maria Manuel Leitão Marques já tinha afirmado que "o Conselho de Ministros, hoje, teve uma agenda muito longa e, portanto, tratou de outras questões, discutiu diplomas que era preciso aprovar hoje".
"Não quer dizer que o executivo não esteja preocupado. A agenda é a afixada, o que não quer dizer que os ministros e, naturalmente, as forças de segurança, como lhes compete, não estejam a acompanhar o que eventualmente se possa passar, particularmente na cidade de Lisboa amanhã [sexta-feira], conforme está a ser noticiado pelos órgãos de comunicação social", disse.