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FMI: "Estamos de volta à zona de perigo"

"Há uma crise de confiança que está a ser conduzida por três factores: baixo crescimento, maus balanços, e más políticas", afirmou hoje José Vinals, o director do Departamento de Mercados de Capitais, na apresentação do relatório de estabilidade financeira global. A situação é grave e exige uma resposta politica global, determinada e coordenada.

21 de Setembro de 2011 às 15:18
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* - Jornalista em Washington
"Estamos de volta à zona de perigo", afirmou, responsabilizando os políticos dos dois lados do Atlântico por não terem dado a resposta necessária ao rescaldo da crise financeira, conduzindo assim os mercados a uma crise de confiança.


"Os políticos dos dois lados do Atlântico ainda não conseguiram lidar com a crise de forma convincente", afirmou


Viñals teme novos cortes de crédito na Europa, como resultado de uma crise bancária decorrente do agravar da situação financeira na Europa. No que diz respeito aos EUA, o FMI avisa para os riscos da desconfiança sobre a situação orçamental na maior economia do mundo. A equipa do FMI evidencia ainda que os EUA têm também de lidar com a recuperação deficiente dos balanços das famílias, as quais ainda carregam um peso indesejável da forte crise imobiliária.


O tom de toda a intervenção da equipa do FMI foi de alguma desilusão sobre a forma como EUA e Europa estão a lidar com a saída da crise, embora considerem que ainda há tempo para reagir: "O caminho para crescimento sustentável estreitou-se significativamente, mas não desapareceu", disse Viñals.


Assim, a Europa precisa de lidar com a desconfiança sobre os seus bancos, criando amortecedores de capital mais fortes, e apresentar estratégias orçamentais credíveis de médio prazo. Nos EUA, a receita passa também pela credibilidade orçamental, mas a aqui do FMI defende ainda uma politica de alteração de hipotecas mais ambiciosa do que as acordadas até agora, incluindo a redução do capital em dívida das famílias mais sacrificadas.


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