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Expresso: Fecho da Maternidade Alfredo da Costa adiado até 2017
A Maternidade Alfredo da Costa não vai fechar até o novo hospital estar em funcionamento, o que não deverá acontecer antes de 2017, avança o Expresso. A decisão do Tribunal Central Administrativo foi anunciada esta sexta-feira.
Segundo o jornal Expresso, o Tribunal Central Administrativo do Sul decidiu esta semana que a Maternidade Alfredo da Costa não vai fechar as portas e mudar-se para a Estefânia, pelo menos até que o futuro Hospital de Lisboa Oriental seja construído e esteja pronto a funcionar. Ou seja, o encerramento da maternidade não deverá acontecer antes de 2017.
Atrás da decisão terá estado a entrega de um requerimento de alguns contestários em 2013, no qual se incluía o antigo ministro da Saúde António Correia de Campos, com o objetivo de travar o encerramento da unidade - depois de no antigo ministro da Saúde, Paulo Macedo, e os ex-responsáveis do Centro Hospitalar de Lisboa Central alegarem que a unidade não tinha condições para prestar um serviço de qualidade e que era preciso racionalizar a oferta. Na altura, o Ministério da Saúde apontava para uma poupança até 10 milhões de euros por ano.
A decisão foi comunicada esta sexta-feira, 29 de Janeiro, ao responsável pela acção popular, Ricardo Sá Fernandes. "Aceitando o Ministério da Saúde e o Centro Hospitalar de Lisboa Central que não vai fechar a Maternidade Alfredo da Costa, nos temos anteriormente previstos, sobrestando a sua transferência para uma altura em que os serviços estejam em condições de ser recebidos pelo futuro Hospital de Lisboa Oriental, a acção popular deixa de ter objecto", considera Ricardo Sá Fernandes, citado pelo Expresso.
"Resta congratular-me pelo facto de os autores populares desta acção e uma boa decisão da justiça portuguesa terem evitado o dano irreversível que seria o desastrado fecho da Maternidade Alfredo da Costa nas condições que foram anunciadas em 2013. É um processo com um final feliz."
Não obstante, a decisão não é ainda definitiva, uma vez que está sujeita a recurso.
Contactado pelo Negócios o Ministério da Saúde disse estar ainda analisar o acórdão enviado pelo Tribunal Central Administrativo do Sul, mas adianta que deverá manter uma "postura consensual" com a decisão da entidade.
[Notícia actualizada às 19:35 com resposta do Ministério da Saúde]