Notícia
Europa rejeita ideias do Tesouro dos EUA para contrariar a crise
O secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, exortou hoje os ministros das Finanças da Zona Euro a darem mais estímulos à região, mas os seus congéneres dizem que isso está fora de questão.
Os membros do Eurogrupo extraordinário, que decorre hoje e amanhã na Polónia, descartaram a proposta do seu homólogo norte-americano, Timothy Geithner (na foto), no sentido de atribuírem mais estímulos aos países em apuros.
Os ministros das Finanças da Zona Euro consideram que a crise da dívida, que dura há um ano e meio, não deixa margem para a redução de impostos ou para gastos adicionais destinados a revitalizar uma economia à beira da estagnação.
“De tempos a tempos, temos perspectivas ligeiramente diferentes das que são apresentadas pelos nossos colegas dos EUA no que diz respeito a pacotes de estímulo orçamental”, declarou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, no final do primeiro dia de reunião.
“Não vemos qualquer margem de manobra na Zona Euro que nos permita lançar novos pacotes de estímulo orçamental. Isso não será possível”, acrescentou Juncker, citado pela Bloomberg.
Recorde-se que Geithner esteve pela primeira vez presente numa reunião dedicada à crise do euro, tendo afirmado que a Europa projecta uma imagem de “conflito permanente” entre governos nacionais e o Banco Central Europeu, o que mina os esforços de colocar a economia numa posição mais sólida.
A sua proposta de estímulos adicionais vai ao encontro daquilo que os EUA têm estado a fazer através das chamadas rondas de “Quantitative Easing” (QE), sendo muito provável que se aprove em breve o QE3.
Mas os ministros das Finanças da Zona Euro continuam a defender que os bancos comerciais dispõem de capital suficiente para navegarem na turbulência (assim o revelaram os resultados dos últimos testes de stress, com poucas excepções). Ainda assim, o financiamento em dólares está a ser difícil para algumas instituições financeiras, pelo que ontem o BCE decidiu – em concertação com os bancos centrais da Suíça, Inglaterra, Japão e EUA – conceder empréstimos em dólares, com maturidade até ao final do ano.
Os ministros das Finanças da Zona Euro consideram que a crise da dívida, que dura há um ano e meio, não deixa margem para a redução de impostos ou para gastos adicionais destinados a revitalizar uma economia à beira da estagnação.
“Não vemos qualquer margem de manobra na Zona Euro que nos permita lançar novos pacotes de estímulo orçamental. Isso não será possível”, acrescentou Juncker, citado pela Bloomberg.
Recorde-se que Geithner esteve pela primeira vez presente numa reunião dedicada à crise do euro, tendo afirmado que a Europa projecta uma imagem de “conflito permanente” entre governos nacionais e o Banco Central Europeu, o que mina os esforços de colocar a economia numa posição mais sólida.
A sua proposta de estímulos adicionais vai ao encontro daquilo que os EUA têm estado a fazer através das chamadas rondas de “Quantitative Easing” (QE), sendo muito provável que se aprove em breve o QE3.
Mas os ministros das Finanças da Zona Euro continuam a defender que os bancos comerciais dispõem de capital suficiente para navegarem na turbulência (assim o revelaram os resultados dos últimos testes de stress, com poucas excepções). Ainda assim, o financiamento em dólares está a ser difícil para algumas instituições financeiras, pelo que ontem o BCE decidiu – em concertação com os bancos centrais da Suíça, Inglaterra, Japão e EUA – conceder empréstimos em dólares, com maturidade até ao final do ano.