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EUA apelam aos "hedge funds" para preservar o euro

O Departamento norte-americano de Justiça terá pedido aos gestores de alguns dos maiores "hedge fund" para que não apostem ostensivamente na queda do euro. A notícia surge no mesmo dia em que o "Financial Times" dá conta, em manchete, de que os "hedge funds" estão agora a sair do negócio da dívida pública soberana mas a apostar, com montantes sucessivamente recorde, na desvalorização da moeda europeia contra o dólar.

03 de Março de 2010 às 09:54
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O Departamento norte-americano de Justiça terá pedido aos gestores de alguns dos maiores “hedge fund” para que não apostem ostensivamente na queda do euro, que poderá gerar amplos movimentos cambiais e desestabilizar o relançamento da economia mundial.

A notícia está a ser divulgada pela agência Bloomberg, no mesmo dia em que o “Financial Times” dá conta, em manchete, de que os “hedge funds” estão agora a sair do negócio da dívida pública soberana mas a apostar, com montantes sucessivamente recorde, na desvalorização do euro.

A Bloomberg refere um jantar de negócios que teve lugar a 8 de Fevereiro em Nova Iorque, onde terão estado presentes os gestores de alguns dos maiores “hegde funds”, designadamente do Soros Fund Management e do SAC, Brigade e Greenlight Capital, e no qual um representante do Departamento de Justiça terá lançado o aviso de prudência e bom senso.

“É obvio que, no actual contexto, que deverá permanecer por um longo período, qualquer entidade que prospere à custa da tragédia de outros, neste caso os ‘hegde funds’ à custa da Grécia e da Zona Euro, arrisca-se a ser alvo da fúria da opinião pública e, pior, da retaliação dos Governos”, explica Kirby Daley, analista sénior da correctora Newedge Grup.

As autoridades norte-americanas, à semelhança do que foi ontem anunciado pela Comissão Europeia, planeiam abrir um inquérito para apurar se fundos ou bancos de investimento de Wall Street, caso do Paulson &Co e do Goldman Sachs, tiveram alguma responsabilidade na crise grega.

O “Financial Times”, por seu lado, revela que dois dos maiores “hedge funds” europeus – o Brevan Howard e o Moore Capital – escreveram aos investidores assegurando que fecharam as suas posições sobre dívida soberana, designadamente grega, depois de terem concluído que o risco de um aperto da regulação é real, até porque Bruxelas está actualmente a reescrever a sua proposta de directiva precisamente para obrigar os fundos alternativos de investimento a serem mais transparentes.

Em contrapartida, os “hegde funds” estarão agora a apostar em força na queda do euro contra o dólar.“Estão a expressar a mesma expectativa de fragilidade de alguns países membros, mais agora através do euro”, escreve o FT, citando um gestor de um fundo “multimilionário sedeado em Londres.
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