As despesas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) registaram um queda homóloga de 0,1% no primeiro semestre deste ano, segundo uma notícia do jornal «Expresso», que o «site» do semanário antecipa hoje.

De acordo com os dados do Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF), a que o «Expresso» teve acesso, a despesa do exercício totalizou 3,230 mil milhões de euros até 30 de Junho de 2003, contra 3,232 mil milhões euros no final de Junho de 2002. No total, a variação homóloga da despesas do SNS foi de -1,8 milhões de euros, ou seja, uma queda de -0,1% em termos nominais.

Para comparação, no primeiro semestre de 2002 as despesas totais do SNS tinham aumentado 282 milhões de euros, uma variação homóloga de 9,55% face ao primeiro semestre de 2001. A factura do SNS é uma das tradicionais dores de cabeça no cumprimento do défice orçamental.

Para Adão e Silva, secretário de Estado-adjunto do ministro da Saúde Luís Filipe Pereira, «trata-se de uma inversão muito interessante da tendência, quando o habitual eram taxas de crescimento de dois dígitos».

A empresarialização de 31 hospitais alterou a estrutura contabilística do SNS. Assim, no primeiro semestre de 2003 as despesas com pessoal registaram uma variação homóloga de -31,8% (menos 479 milhões de euros) e as compras de material clínico e de medicamentos caíram 29,8% (-120 milhões de euros). Em compensação, a rubrica de fornecimentos e serviços subiu 270,5% (mais 557 milhões de euros), ao passar a incluir as transferências para pagar aos Hospitais S.A.