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Desemprego em Portugal terá subido para 9%

A taxa de desemprego deverá ter-se agravado no segundo trimestre do ano para os 9%, segundo a média dos analistas ouvidos pela agência Lusa.

13 de Agosto de 2009 às 08:24
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A taxa de desemprego deverá ter-se agravado no segundo trimestre do ano para os 9%, segundo a média dos analistas ouvidos pela agência Lusa.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga sexta-feira as estatísticas do emprego do segundo trimestre do ano, depois de ter sinalizado uma taxa de 8,9% nos primeiros três meses do ano.

Segundo o economista-chefe do Montepio Geral, Rui Serra, a confirmar-se aquele valor de 9%, "corresponderá ao nível trimestral mais elevado desde o observado no primeiro trimestre de 1987", altura em que a taxa observada se situou nos 9,6%.

O economista-chefe do Santander Totta, Rui Constantino, espera, por sua vez, uma subida da taxa de desemprego para os 9,3 por cento resultado, sobretudo, do aumento de pessoas inscritas nos centros de emprego.

Mais optimista é a previsão da economista do banco BPI, Paula Carvalho, que aponta para uma descida da taxa de desemprego para os 8,7 por cento devido a razões de natureza sobretudo sazonais.

"Ainda assim os 8,7% representam um agravamento no mercado de trabalho de 1,4 pontos percentuais relativamente ao segundo trimestre de 2008, maior deterioração do que a experimentada no primeiro trimestre de 2009", referiu a economista.

Para Paula Carvalho, a tendência de agravamento no mercado de trabalho "vai perdurar", devendo as primeiras melhorias serem sentidas apenas ao longo de 2010.

"Em termos médios antecipamos uma taxa de desemprego de 9,1% este ano e 9,5% em 2010", acrescentou.

De acordo com o INE, a taxa de desemprego atingiu os 8,9% no primeiro trimestre de 2009, um agravamento face aos 7,6 por cento do período homólogo de 2008.

As últimas estimativas do Governo apontam para uma taxa de desemprego em 2009 na ordem dos 8,8%, enquanto que as previsões da Comissão Europeia perspectivam uma evolução para os 9,1% e as do Fundo Monetário Internacional para os 9,6%.

Em Julho, o governador do Banco de Portugal avisou que o desemprego no país e no resto da Europa vai continuar a aumentar, uma vez que este indicador reage com desfasamento em relação à evolução da economia.



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