O número de desempregados registados nos centros de emprego cresceu 2,7% em Setembro face a Agosto, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Quando comparado com Setembro de 2005, o número de desempregados registados caiu 7%.

"No final do mês de Setembro de 2006, o número de desempregados registados nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, ascendia a 448 736 candidatos a emprego, o que representava 88,2% do total de pedidos de emprego", adianta o IEFP.

No mês em análise, quando comparado com o período homólogo, o número de pedidos de desemprego desceu 33.812, o que representa uma quebra de 7%. Já em relação ao mês de Agosto registou-se um aumento de 2,7%, "o que corresponde a mais 11.944 inscrições de desempregados", diz a mesma fonte, que justifica o aumento com o "carácter sazonal da actividade económica".

A redução anual do desemprego, fez-se sentir com maior incidência nos homens, com uma queda de 9,1%) e nos jovens, onde o desemprego diminuiu 14,4%. Nas mulheres e nos adultos a variação foi, respectivamente, 5,5% negativos e 5,7% negativos, em termos homólogos.

Quer o desemprego de longa duração quer o de curta duração verificaram reduções de 8,4% e 6%, respectivamente, face a Setembro de 2005.

"Os dados regionais mostram que o desemprego registado decresceu em todas as regiões do Continente, apresentando valores inferiores aos observados no mesmo mês do ano anterior, onde se destaca o Alentejo como a região que apresentou a redução anual mais acentuada (-16,6%). O número de desempregados nas Regiões Autónomas cresceu 10,1%, em termos homólogos", de acordo com o IEFP.

Ofertas de emprego aumentam

As ofertas de emprego "totalizavam 13.009", o que em termos homólogos representa um acréscimo de 28,9%. Quanto à comparação mensal, a evolução também foi positiva (6,3%).

No que respeita às regiões Autónomas, o número de inscritos ascendeu a 65.237, o que representa uma queda de 5,1% face ao mesmo período de 2005, mas corresponde a um aumento de 50,8% quando comparado com Agosto deste ano.

O fluxo de desempregados, em termos anuais, decresceu em todas as regiões do país, com excepção das Regiões Autónomas onde se verificaram subidas significativas, segundo o IEFP.

A principal causa apontada para as inscrições de desempregados é o "fim de trabalho não permanente".