Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Défice público deste ano inferior ao previsto

O défice público deste ano ficará em 5,8% do PIB, menos uma décima que o previsto em Agosto nas avaliações da troika internacional, de acordo com as previsões do Outono da Comissão Europeia.

10 de Novembro de 2011 às 11:04
  • ...
“Um significativo esforço de consolidação orçamental foi concretizado [por Portugal] em 2011, consagrando um conjunto vasto de medidas estruturais em várias áreas do lado das receitas e despesas públicas”, afirma a Comissão Europeia nas previsões do Outono que acabam de ser divulgadas.

O resultado final para o défice público deste ano projectado agora pela Comissão Europeia é de 5,8% do PIB, marginalmente afastado dos 5,9% colocados pela troika internacional no documento relativo á primeira avaliação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) no mês de Agosto. A previsão da Comissão para 2012 mantém-se igual à do documento da troika (4,5% do PIB).

Os economistas da Comissão Europeia salientam que se não tivessem sido adoptadas um conjunto de medidas adicionais durante este ano, o objectivo do défice público não seria atingido.

Depois de descrever todas as medidas já adoptadas por este Governo, a Comissão Europeia diz que além do que já foi feito “o governo vai transferir os fundos de pensões da banca para o sistema de Segurança Social, com um efeito significativo no domínio das transferências de capital que contribuirá para a redução temporária do défice público”.

Para o rácio final do défice público melhor do que o previsto em Agosto deste ano, o Governo pode também ter contado com uma queda do PIB menos profunda que a projectada nessa altura (2,2%). Neste momento a Comissão Europeia prevê uma queda do PIB de 1,9% este ano – em linha com as previsões do Governo e Banco de Portugal – mas aponta para uma muito mais acentuada queda do produto em 2012 – 3% contra os 1,8% que a troika esperava em Agosto.

Os números divulgados pela Comissão Europeia não permitem confirmar aquilo que o PS tem defendido: de que também neste ano de 2011 há uma folga orçamental podendo vir a demonstrar-se que não era necessário o imposto extraordinário porque a transferência dos fundos de pensões dos bancos seria suficiente.

Veja aqui as previsões do Outono da Comissão Europeia

Ver comentários
Saber mais OE 2012 ajuda externa oe 2011
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio