Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Contrafacção “rouba” 77,5 mil milhões de euros à economia mundial

A contrafacção e a pirataria custam 100 mil milhões de dólares (77,5 mil milhões de euros) por ano à economia mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). A instituição, que organizou o congresso sobre contrafacçã

31 de Janeiro de 2007 às 09:13
  • ...

A contrafacção e a pirataria custam 100 mil milhões de dólares (77,5 mil milhões de euros) por ano à economia mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). A instituição, que organizou o congresso sobre contrafacção e a pirataria que termina hoje em Genebra, afirma ainda que estas estimativas são conservadoras.

"Hoje em dia quase todos os produtos no mercado podem ser alvo de contrafacção e pirataria, colocando em perigo a saúde humana, a segurança e minando o desenvolvimento económico", revela a OMPI em comunicado citado pelo Diário de Notícias. No ano passado, foram apreendidos 75 milhões de produtos falsificados nas fronteiras da União Europeia. Mais de cinco milhões destes produtos são das áreas da alimentação e bebidas.

Motivo de maior preocupação é a área farmacêutica, lesada por 500 mil falsificações em 2006, refere a Comissão Europeia. E isto é apenas a ponta do icebergue. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os medicamentos contrafeitos representam já 10% do mercado mundial e 25% do consumo em países em desenvolvimento. A ameaça coloca sobretudo em perigo muitos países asiáticos e africanos, onde esta percentagem pode chegar a cobrir 50% do mercado, refere a Bloomberg, que cita números da OMS. Os fármacos ligados ao tratamento da malária, tuberculose e HIV são os mais falsificados, ou seja, não têm princípio activo ou têm a substância errada. Não raras vezes, os produtos causam a morte de pacientes. As farmacêuticas são lesadas em 25 mil milhões de euros.

Quanto à origem destes produtos, a lista é encabeçada pela China e Rússia, os países que menos têm lutado contra o fenómeno, refere um estudo da Câmara do Comércio Internacional (CCI) junto de 48 empresas de todo o mundo. A União Europeia acrescenta que a China está na origem de dois terços dos produtos contrafeitos e apreendidos nas fronteiras. Além da Rússia, a lista inclui a Turquia, Ucrânia, Chile e Brasil.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio