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Comércio a retalho com as piores remunerações desde Abril

O índice que mede o volume de negócios no retalho voltou a cair em Julho, acompanhando o agravamento dos salários pagos no sector. Já o emprego neste segmento do comércio até aligeirou a quebra.

30 de Agosto de 2012 às 11:49
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As remunerações pagas no comércio a retalho estão ao nível mais baixo dos últimos três meses.

O índice que mede a evolução homóloga dos salários e vencimentos no comércio a retalho, calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), fixou-se em -6,3 em Julho, o que corresponde a um agravamento face aos -5,9 praticados no mês anterior.

É preciso recuar até Março de 2012 para que se encontre uma movimentação homóloga do índice das remunerações no comércio a retalho mais reduzido (-7,5%).

Mesmo em termos mensais, o referido índice desceu 1,4 em Julho em relação a uma evolução positiva de 3,4, em Junho.

A queda das remunerações acontece ao mesmo tempo em que o volume de negócios no comércio também está a deslizar. A taxa de variação homóloga deste índice de volume de negócios foi de -7,9% no mês passado, quando em Junho o índice tinha ficado nos -5,4%. Foi o segundo mês consecutivo em que se verificou um agravamento.

Corte nos produtos não alimentares continua a ser maior

O volume de negócios caiu tanto no comércio de produtos alimentares como não alimentares, embora neste último a queda seja muito mais acentuada (-4,7% e de -11,1% em Julho, respectivamente), segundo os dados do INE.

O comércio a retalho sofre com a queda do consumo em Portugal, causada pelas medidas de austeridade implementadas pelo programa de ajustamento económico e financeiro que o País está a receber. A austeridade diminui o poder de compra dos portugueses, que reduz assim o consumo, mais propriamente nos produtos não alimentares.

Emprego e horas trabalhadas com evoluções menos negativas

Com movimentações menos negativas destacam-se os índices que analisam a evolução do emprego e do volume de trabalho no comércio a retalho. A variação homóloga do índice de emprego situou-se em -5,9% em Julho, ligeiramente abaixo da taxa homóloga de -6,1% em Junho.

Da mesma forma, o volume de trabalho, que é medido pelo INE através das horas trabalhadas ajustadas dos efeitos de calendário, cedeu 5,8% em termos homólogos, quando tinha recuado 6,8% em Junho.

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