A Comissão Europeia aprovou hoje duas ligações ferroviárias de alta velocidade entre Portugal e Espanha, através dos traçados Lisboa-Madrid e Porto-Vigo, incluindo-os na lista de projectos prioritários imediatos, a beneficiar de financiamento comunitário.

A Comissão Europeia aprovou hoje a lista de projectos prioritários imediatos que beneficiarão dos investimentos previstos na «iniciativa de crescimento», noticiaram hoje as agências internacionais.

Da lista consta as linhas ferroviárias de alta velocidade que ligarão Lisboa a Madrid e o Porto a Vigo, anunciadas este fim-de-semana pelo primeiro ministro português, Manuel Durão Barroso, por altura da Cimeira Luso-Espanhola.

Da lista hoje apresentada consta igualmente a ligação de alta velocidade entre Figueras-Perpiñán.

A conexões energéticas entre Portugal e Espanha e deste país com França, assim como as ligações de gás com a Argélia constam igualmente da lista hoje aprovada.

As propostas finais sobre as diversas matérias, apresentadas por Romano Prodi, presidente da Comissão Europeia, serão agora apresentadas aos governos dos Estados-membros afectados pelas decisões, para que as ratifiquem até final de Dezembro.

A Comissão Europeia aprovou um plano de investimento de arranque rápido nos sectores das infra-estruturas de transportes, energia e conhecimento que envolve 29 projectos prioritárias de redes transeuropeias de transportes.

Neste capítulo, «estão em condições de arrancar» o mais tardar em 2006, investimentos que vão mobilizar 38 mil milhões de euros até 2010.

Na área das infra-estruturas de energia, o pacote envolve 10 mil milhões de euros.

Nos projectos relacionados com as redes de comunicações de elevada velocidade, investigação e conhecimento, os investimentos vão ascender a 14 mil milhões de euros.

Este programa de arranque rápido representa investimentos anuais de 10 mil milhões de euros, a financiar por fontes públicas e privadas.

O principal objectivo deste mega-pacote de investimentos é contribuir para o relançamento do crescimento económico da União Europeia. Os projectos têm um forte impacto transfronteiriço, esperando-se que produzam resultados positivos ao nível do crescimento, emprego e protecção do ambiente.