A exposição dos bancos à dívida pública de Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia decresceu em 107 mil milhões no segundo trimestre do ano, para 2,28 biliões de dólares, segundo divulgou o Bank for Internacional Settlements (BIS), com sede em Basileia, na Suiça.

No seu relatório a instituição diz que a generalidade dos sistemas bancários reduziram a sua exposição à dívida soberana destes países, depois de efectuados os ajustes para compensar o efeito cambial, segundo a Bloomberg. .

“As preocupações relativas ao risco soberano voltaram a surgir e tornaram-se o tema dominante”, diz o comunicado do BIS, citado pela agencia noticiosa. “As obrigações do governo irlandês estão particularmente pressionadas, mas as gregas, portuguesas, espanholas e mais tarde, as da Itália e da Bélgica também foram afectadas. Os prémios de risco entre a dívida destes países e a da Alemanha continuam a reflectir os receios relativos às suas finanças públicas”, acrescenta.

A maior participação na dívida grega é detida por França, que tem 83,1 mil milhões de dólares da dívida grega, seguida pela Alemanha que detém 65,4 mil milhões. Os bancos britânicos detém 187,5 mil milhões de empréstimos à Irlanda e os alemães têm 186,4 mil milhões, segundo o relatório citado pela agência noticiosa.