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ANEOP alerta Governo para situação grave na construção

A Associação Nacional dos Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP) vai alertar hoje, em conferência de Imprensa, o Governo português para a «grave situação» em que vive o sector nacional da construção civil e obras públicas.

23 de Abril de 2003 às 14:25
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A Associação Nacional dos Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP) vai alertar hoje, em conferência de Imprensa, o Governo português para a «grave situação» em que vive o sector nacional da construção civil e obras públicas.

Esta iniciativa será presidida pelo responsável máximo da ANEOP, Filipe Soares Franco, e contará com a presença em peso da direcção da associação representativa dos maiores empreiteiros portugueses.

Entre os indicadores que mais preocupam os construtores nacionais está a diminuição de 3,9% do VAB - Valor Acrescentado Bruto do sector ocorrida em 2002, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para além deste indicador exemplificativo da depressão económica do sector da construção em Portugal, os dirigentes da ANEOP estão também preocupados com outros «fenómenos típicos de uma conjuntura adversa que se repercutem, em cascata, sobre a totalidade do tecido empresarial: intensificação dos atrasos de pagamento por parte do Estado, aviltamento de preços, desemprego, riscos agravados de quebra de segurança e de falhas de qualidade».

De acordo com um documento oficial da ANEOP, a que Negocios.pt teve acesso, independentemente das dificuldades inerentes ao actual ciclo económico, esta associação exige a tomada urgente de medidas de modernização e reconversão do sector da construção.

«Os problemas conjunturais, dadas as características próprias deste sector, combatem-se com instrumentos de dinamização do crescimento económico, entre os quais ressalta o investimento público selectivo, por via do efeito multiplicador que ele exerce sobre um considerável número de outras variáveis económicas», defende a ANEOP.

Caso não se opte por esse caminho, a associação dos maiores empreiteiros portugueses entende que se corre o risco de vir a pagar por outra via, seja subsídios de desemprego ou outros instrumentos de política social, aquilo que poderia ser canalizado para a criação de riqueza futura.

«Abdicar de uma política que privilegie o investimento público como catalizador da recuperação económica é pôr, também, em risco o aproveitamento integral dos fundos comunitários atribuídos a Portugal no III Quadro Comunitário de Apoio e hipotecar o esforço que tem sido desenvolvido no sentido da convergência do nosso nível de infra-estruturação com o resto da Europa», adianta a ANEOP no referido documento.

A ANEOP defende a reconversão do sector português da construção por via da concentração, não só fomentada por via legislativa para limitar a presença de pequenas e médias construtoras em obras de maior dimensão, mas também o entendimento entre os diversos grupos nacionais no sentido de ganhar dimensão e especialização para poderem concorrer nos mercados internacionais.

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