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André Ventura: "Desconfinamento não pode parar"

"As escolas são um ponto fulcral. É preciso testar massivamente, continuar a controlar a comunidade educativa e escolar em matéria de novas infeções e controlo de surtos, mas o processo de desconfinamento não pode, efetivamente, parar", disse André Ventura numa declaração-vídeo.

Mário Cruz
13 de Abril de 2021 às 17:10
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O presidente do Chega defendeu hoje que o atual desconfinamento das restrições para combater a epidemia de convid-19 "não pode parar", sublinhando a necessidade de "testagem massiva", sobretudo nas escolas, e contínua vacinação da população.

"As escolas são um ponto fulcral. É preciso testar massivamente, continuar a controlar a comunidade educativa e escolar em matéria de novas infeções e controlo de surtos, mas o processo de desconfinamento não pode, efetivamente, parar", disse André Ventura numa declaração-vídeo.

O líder do partido populista falava na sequência de mais uma reunião de especialistas e peritos, responsáveis e decisores políticos, organizada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), e de uma audiência com o Presidente da República, a propósito do estado de emergência.

"Apesar da situação, neste momento, de algum risco, com o aumento do índice de transmissibilidade -- expectável com o processo de desconfinamento em curso -, para nós, é importante que o desconfinamento não pare", vincou, destacando os problemas sentidos em setores económicos como "restauração, hotelaria, comércio" ou "ginásios".

Portugal tem hoje menos 20 pessoas internadas com covid-19, registando-se 408 casos confirmados de infeção pelo SARS-CoV-2 e mais cinco mortes nas últimas 24 horas, segundo o mais recente boletim epidemiológico da DGS.

"Temos setores muito, muito afetados e temos sensibilizado o Governo para essa situação. Votar atrás no processo de desconfinamento é criar um problema muito sério à sociedade e economia portuguesas", afirmou o deputado da extrema-direita parlamentar.

A DGS contabilizou 459 pessoas internadas, 118 das quais em unidades de cuidados intensivos (menos uma do que na segunda-feira). As autoridades de saúde deram também como recuperadas mais 746 pessoas nas últimas 24 horas, atingindo-se um total de 785.809 desde março de 2020 e os casos ativos totalizam 25.441, menos 343 do que na segunda-feira.

"Aumentar a vacinação é fundamental. O Governo tinha garantido um número... Neste momento, em final de março, está muito aquém daquilo que seria desejável. Sabemos e temos informação de várias mortes que foram evitadas precisamente com a vacinação. Temos de continuar a vacinar", concluiu Ventura.

Portugal já registou quase 17.000 mortes atribuídas à covid-19 e 828.173 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, desde março de 2020.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, perto de três milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 136,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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