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Alemanha fará tudo para salvar moeda única mas continua contra eurobonds

A Alemanha comprometeu-se a fazer tudo para salvar o euro, mas continua a opor-se à emissão de 'eurobonds', títulos conjuntos de dívida pública entre países da moeda única, reafirmou hoje um porta-voz do Governo alemão.

30 de Julho de 2012 às 15:48
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Questionado sobre a declaração da chanceler alemã, Angela Merkel, e do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, no domingo, um porta-voz do Governo alemão, citado pela AFP, garantiu que "Berlim não mudou de posição em relação à emissão de euro-obrigações".

A posição da Alemanha em relação à emissão de títulos conjuntos de dívida pública da zona euro "mantém-se", referindo que "não é isso que o Governo pretende", avançou Georg Streiter, numa conferência de imprensa.

A chanceler alemã, Angela Merkel, tem vindo a rejeitar a emissão de 'eurobonds', considerando que esse é um "caminho errado" para resolver a crise actual, "que levará tempo e não será fácil".

Os 'eurobonds' são considerados por muitos -- como a França e a própria Comissão Europeia -- como a melhor forma de ultrapassar a crise da dívida dos países da zona euro, mas a Alemanha considera que este passo só pode ser dado depois de um longo processo de integração fiscal.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, comprometeram-se no domingo a tudo fazer para salvar uma zona euro ameaçada pela crise das dívidas soberanas, de acordo com um comunicado conjunto.

Na sequência de uma conversa telefónica, os dois líderes "concordaram que a Alemanha e a Itália irão fazer tudo para proteger a zona euro", de acordo com o comunicado divulgado em Berlim, citado pela AFP.

A declaração é em tudo similar ao compromisso assumido na passada sexta-feira pelos líderes de França e da Alemanha, e a um comunicado divulgado na véspera pelo governador do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em que declarava estar disponível para "fazer tudo o que for necessário para preservar o euro".

Merkel e Monti apelaram ainda à implementação "tão rápida quanto possível" do acordo alcançado pela União Europeia no passado dia 28 e 29 de Junho, que abria o caminho para a constituição do fundo de 500 mil milhões de euros, destinado à recapitalização directa dos bancos europeus em apuros financeiros, sem o sacrífico da já muito debilitada ferramenta da dívida pública dos países mais atingidos pela desconfiança dos mercados.

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